10 de outubro de 2016

Táxis vs Uber

Os taxistas voltam esta segunda-feira a encher as ruas de Lisboa com uma marcha lenta, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico que juntou várias centenas de carros na capital.
Contra a Uber e a Cabify os taxistas mantêm-se firmes na ideia de só arredarem pé da Assembleia da República — onde termina a marcha lenta – quando o Executivo travar aquele serviço, que dizem não estar abrangido pela lei.
Nem discutimos as razoes, ou falta delas, dos taxistas. Querem manifestar-se, tudo bem, ainda existe alguma liberdade e democracia, cumpram-se as regras. A imposição violenta de vontades e interesses corporativos, cercear a liberdade de terceiros, o desrespeito das regras e da autoridade, devem ser punidos severamente pelas autoridades. Usando de violência, contra a violência dos taxistas se necessário e contra quem infringe.
E mais, as contas no SNS que derivem das agressões devem ser pagas pelos prevaricadores e estes, depois de tratados, devem ser imediatamente julgados.
Os taxistas mais parecem pessoas mal educadas e grosseiras. Se até aqui a existência de taxis era essencial a vinda da uber e outras plataformas veio deixar em sentido esta classe que até agora não tinha concorrência.
Para o sector dos táxis, só há uma forma de sobreviver: mudar, e depressa. Como? Há já apps no mercado que fazem pelos taxistas o mesmo que a Uber faz pelos outros, mas para isso é preciso que o sector se organize e não se disperse, porque ninguém quer ter de usar uma infinidade de apps para chamar táxis – uma só chega. Os taxistas não podem é receber milhares de euros do estado, supostamente para modernizar o sector, meter o dinheiro ao bolso e não fazer nem inovar rigorosamente nada!
Claro que o problema para os taxistas não é apenas encontrarem uma alternativa tecnológica à Uber. Há problemas, a má imagem que os portugueses têm dos taxistas é péssima! E estes protestos só vêm agravar ainda mais essa má imagem. O objectivos dos taxistas é sacar mais umas massas ao estado através deste governo fraco. Se fossem inteligentes aproveitavam a oportunidade de Portugal ter um governo fraco, sacavam uma massas ainda maiores e modernizavam o sector a sério! Ficariam muito mais fortes.
Há uma coisa que também é certa. Tanto nesta como noutras situações, não vale a pena lutar contra ondas tecnológicas maciças. Porque, tal como na vida real, perante uma onda das grandes ou resolvemos surfá-la ou somos esmagados por ela. E é o que está a acontecer aos taxistas.
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