28 de outubro de 2015

Que sentido faz recordar hoje a Marcha sobre Roma, em 1922?

No fim de outubro de 1922, um ex-socialista radical, inspira a marcha sobre Roma dos seus apoiantes. No final do mês chega ele mesmo de comboio, para se tornar primeiro-ministro. Chamava-se Mussolini.

                                              Conversas à quinta
                                       (clicar aqui para visualizar)

27 de outubro de 2015

Lá por fora...a minha análise ao actual Chelsea

Inicio de época mau de mais para ser verdade da parte do clube, do qual simpatizo no estrangeiro.

Aliás Mourinho já admitiu ser a pior fase da sua carreira.

O futebol da equipa não funciona,cá atrás na baliza Begovic apesar de ser o menos culpado,não consegue fazer esquecer o lesionado Chourthois.Nao tem a mesma qualidade,nem transmite a segurança que o belga transmite ao sector defensivo.Na esquerda do sector,o destro azplicueta está provado que não está talhado para fazer aquela posição.do outro lado o promissor central Zouma nunca será um verdadeiro lateral direito.No eixo defensivo o lendário Jonh Terry não tem a velocidade e as pernas de à uns anos atrás.

Mas o mais preocupante quanto a mim é ver que o meio campo não funciona.Matic (neste último jogo depois de já ter visto primeiro amarelo devia ter sido logo substituido),Fabregas e Hazard estão claramente em baixo de forma(tal como Pedro,apesar de ter começado bem a época foi baixando de produção ) .William nota-se que é o unico a tentar remar contra a maré,tenta ser ele o único a desequilibrar,mas sozinho torna-se dificil.

Lá na frente dá-me pena ver Diego Costa completamente sozinho e desamparado.Sem ser os lances de bola parada em que podem subir os centrais,em termos de futebol corrido o Chesea nao têm soluções para apresentar um futebol mais directo,a estatura física de Diego não ajudam o jogo aéreo(sim porque Falcão para mim neste momento não é alternativa a nada!)Oscar,Remy e Kenedy também não me parece que possam ajudar neste momento muito a equipa nos processos ofensivos.

Não se afigura nada fácil a tarefa para o special (cada vez menos happy)One dar a volta à situação.É verdade que as arbitragens não têm sido simpáticas para com os Blues,mas não pode servir de desculpa para o péssimo rendimento e falta de dinâmica que a equipa apresenta.Enfim,espero que coisas melhorem(só podem)para os The Pensioners ainda esta época.

26 de outubro de 2015

Pátria e Povo

O Presidente da República convidou a coligação PSD/CDS para formar governo. A opção foi para o lado de quem ganhou as eleições, ainda que a possibilidade de a coligação ter futuro esteja, desde já, posta de parte pela maioria de esquerda no parlamento. Ao PR não restava outra alternativa, visto o famigerado acordo à esquerda tardar em aparecer a público ou porque ainda não foi alcançado, ou porque é tão negro que convém esconder até ao último momento e até nunca revelar a sua totalidade. De um Governo PSD/CDS já sabemos o que podemos esperar, apesar das promessas de mudança divulgadas, mas com muito pouca vontade de as cumprir, como bons alunos que são.

Da manta de retalhos que é a alternativa de esquerda, vamos conhecendo as propostas a conta-gotas. Primeiro vieram as questões fracturantes, a adopção gay e por fim das ténues alterações à lei do aborto, como se fossem de primordial importância para os problemas que afligem os portugueses ou para a economia do país. É, no entanto, revelador das prioridades da esquerda, atacar primeiro a família, a vida e depois tratar de arranjar as condições para mais uma vida da Tróica. Esta semana soubemos, finalmente, mais algumas das propostas, muitas delas do agrado de todos nós. Quem não gostaria de ver a sua pensão reposta, o seu salário aumentado e o IVA a baixar? No entanto, ficámos sem saber onde vão arranjar dinheiro para tanta fartura, se pela via do aumento de impostos ou se mendigando mais dinheiro à UE, para depois acabarem ainda mais neo-liberais que os “não pagamos” do Syriza? Viver “à grande e à francesa” é fácil. Arranjar dinheiro para o fazer é que é difícil.

Uma coisa é certa! Vamos ter uma moção de censura ao Governo PSD/CDS a que se seguirá um Governo PS, refém e não apoiado pelo PCP/BE. Um governo que nos dá poucas garantias com os companheiros de viagem, a apoiá-lo durante a semana e fazer manifestações de protesto ao fim-de-semana. Um governo que tem de ceder à chantagem de comunistas e bloquistas, sob pena de não durar muito mais que o governo da coligação. Entre governos de alterne, o mais certo é termos eleições dentro de um ano, porque os políticos do sistema gostam é desse folclore.
Nesta encruzilhada em que se encontra o nosso país, qual o papel dos Nacionalistas?

Primeiro, não devemos ter medo do papão da esquerda; os tempos já não são os mesmos do PREC, a tropa fandanga já não os apoia (dizem as secretas, que a tropa e a Polícia estão a pôr os ovos noutra galinha, para desespero do sistema) e a base social de apoio já não é a mesma (dizem os politólogos e historiadores que, trabalhadores, operários e pequenos e médios empresários são a base eleitoral dos partidos nacionalistas, para desesperação do sistema) pelo que podem fazer e farão muitos estragos a nível económico e social, mas não têm forças para instaurar um clima de  de terror como em 74, porque estão debilitados e atacados pelos vírus da burguesia decadente.  

Depois, não devemos deixar de atacar a direita parlamentar, tão culpada da crise quanto a esquerda. Estas duas facções do materialismo são nossas inimigas e devem ser combatidas com todas as nossas forças.

Perante a iminência de ver o país morrer na fogueira ou no caldeirão, só podemos escolher a via do Nacionalismo, ou seja, morrer lutando, pela Pátria e pelo Povo.

25 de outubro de 2015

24 de outubro de 2015

Mais uma ida à lixeira de carnide

                      Será que dá para entrar pela porta 18?

Sai um prato de tremoços e uma de whisky no Gallery
O antigo árbitro Marco Ferreira lançou acusações gravíssimas sobre Vitor Pereira. Em longa entrevista ao jornal AS, de Espanha, o madeirense confidencia que o presidente do Conselho de Arbitragem condicionava os árbiros que dirigiam os jogos do Benfica, através de telefonemas. E dá exemplos. É importante recordar que Marco Ferreira foi despromovido ao segundo escalão da arbitragem depois de ter dirigido a final da Taça de Portugal de 2015.
Marco Ferreira, na primeira pessoa. O Maisfutebol deixa aqui alguns trechos da entrevista:
O que dizia Vitor Pereira quando telefonava?
«Depois do Braga-Benfica de que falei fui nomeado para um Rio Ave-Benfica. Nessa semana ligou-me duas vezes. No último telefonema disse-me que se não fizesse um bom jogo não poderia nomear-me para o Benfica-FC Porto, em abril. Disse-me para ter cuidado e que esse era o jogo do título do Benfica. Disse-lhe que não era, que o Benfica tinha só quatro pontos de vantagem para o FC Porto. E ele respondeu: É muito diferente jogar contra o FC Porto em abril com quatro pontos de diferença e jogar com dois ou um. Isto, segundo o meu ponto de vista, é grave. Estava a referir-se claramente ao Benfica».
E como correu esse Rio Ave-Benfica? 
«O Benfica ganhava 0-1 e assinalei um penálti a favor do Rio Ave. Dei o vermelho ao capitão do Benfica [Luisão] e o Rio Ave deu a volta ao marcador e ganhou 2-1. Acertei nas decisões. Foi um bom jogo. O Vitor Pereira não me ligou mais depois disso. E não me nomeou para o Benfica-FC Porto».
Nunca lhe ligou depois disso?
«Não. Ele disse-me que o jogo tinha de correr bem para ser nomeado para o Benfica-FC Porto. Fiz um bom jogo e não fui nomeado. Isso quer dizer que para o Vitor Pereira um bom jogo é aquele que o Benfica ganha».
Como explica os telefonemas de Vitor Pereira? 
«Eu e muitos companheiros meus recebemos chamadas do presidente do Conselho de Arbitragem, Vítor Pereira, na semana em que somos nomeados para dirigir jogos do Benfica. Vítor Pereira tem muitos inimigos e muitos opositores, entre eles pessoas do próprio Conselho de Arbitragem e muitos clubes da I Liga. Não o querem ali. O único dos grandes que o apoia é o Benfica».
Os árbitros têm a consciência de que não se podem enganar contra o Benfica?
«Não digo que o Benfica pede a Vítor Pereira que este diga aos árbitros para favorecerem o clube. Não estou a dizer isso. O que eu digo é que Vítor Pereira faz isso porque sabe que o Benfica é o único que o apoia. Por isso não quer que um árbitro que desagrade o Benfica apite os jogos desse clube. O Benfica nunca falou comigo e pediu qualquer favorecimento. Mas, Vítor Pereira sim. Na semana em que tinha um jogo do Benfica ligava-me para que eu tivesse cuidado e que o jogo corresse bem. Só fazia isso com os jogos do Benfica. Nunca me ligou antes de um jogo do FC Porto, por exemplo. E fazia isso com muitos companheiros árbitros».
É correto afirmar que Vitor Pereira liga aos árbitros para pressioná-los e pedir que tratem bem o Benfica? 
«Ele só liga aos árbitros antes dos jogos do Benfica. Não o faz para mais nenhum jogo, de nenhum outro clube».
Não denunciou estas situações à Justiça? 
«Denunciei o caso à Federação e a Federação enviou a denúncia ao Comité Disciplinar da Liga. A semana passada dei o meu depoimento»
                            http://atascadocherba.com/


Marco Ferreira acusa que de forma expressa e tácita o artigo 62 foi infringido tendo como punição descida de divisão do Benfica

                                    O triste “vale tudo” 
Um fórum de adeptos do Benfica divulgou esta sexta-feira os contactos de Jorge Jesus, Rui Patrício, Adrien Silva e William Carvalho. A publicação foi feita por um utilizador que no passado já tinha divulgado a morada de Jorge Jesus e o número de telefone de um árbitro de futsal, que acusava de prejudicar o Benfica. Ora a ideia do utilizador em causa era, segundo acrescentou, desafiar os adeptos encarnados a contactar os elementos do plantel leonino, não os deixando descansar.
Fonte da SAD do Sporting reconheceu ao Maisfutebol que o treinador e os jogadores em causa receberam vários contactos, através de mensagens e de telefonemas, algumas das quais em tom ameaçador. Por isso a ocorrência foi comunicada à polícia e o Sporting admite apresentar uma queixa-crime. Os jogadores, enquanto isso, tornaram-se incontactáveis, tendo sido aconselhados a desligar os telemóveis ou a colocá-los no silêncio e a não atender números desconhecidos.
Refira-se, por fim, que a mensagem que divulgava os números de telefone já foi apagada do fórum de adeptos do Benfica, tendo estado no entanto algumas horas disponível.

Na curva,todos a cantar                                                O Sporting vai jogar
No campo,vocês a jogar                                                E eu vou ficar
Juntos,vamos vencer                                                     Louco da cabeça
SPORTING,ATÉ MORRER                                              Nada me interessa

21 de outubro de 2015

O circo está montado

Palhaçada! É o termo que me ocorre para caracterizar estes simulacros de formação de governo a que temos vindo a assistir.
Como já foi referido repetidamente pelo PNR, António Costa é o inimigo público número um e tem revelado ser uma pessoa perigosa, sem vergonha e que não olha a meios para atingir os fins que o seu ego exige. Realmente, não é para qualquer um, o descaramento de querer ser Primeiro-Ministro após derrota eleitoral… 
O tapete que puxou a António José Seguro, por este ter tido uma “poucachinha” vitória eleitoral, nas Europeias 2014, foi um episódio deplorável bem revelador do perfil ambicioso da criatura. Não que eu me importe com o socialista Seguro ou com o PS, claro, mas aquilo que por essas bandas se passou, mostra bem o carácter de António Costa que, tendo tido também um resultado “poucochinho”, mas agora do lado da derrota, só mesmo por desplante e ganância cega quer raptar o cargo de Primeiro-Ministro.
A história recente, pós-PREC, demonstrou que PS, PSD e CDS são partidos iguais em termos de macro-política e linhas-mestras de agenda, uma vez que todos partilham do mesmo modelo federalista, mundialista, liberal e, por conseguinte, contra os interesses nacionais. Desse modo, a pretensa aliança do PS com os partidos comunistas PCP e BE, ainda que preencham a área de conforto do imaginário de Costa, é objectivamente uma aliança anti-natural e uma aberração condenada ao fracasso, em nome de vários egos. Importa não esquecermos que estes partidos têm sempre um discurso de ataque ao PS e às suas políticas (e neste aspecto, bem!), e agora, cinicamente, ao cheirar-lhes a tacho, dão o dito-por-não-dito e metem a luta e a ideologia na gaveta. Afinal, a “gente séria” que tanto reclamam ser, vende-se por bem pouco. Resta saber com que cara se apresentarão ao seu eleitorado na hora de saírem à rua, em luta contra as políticas de um governo que sustentam…
Pela minha parte, que defendo o modelo Nacionalista e desprezo este Regime, os seus partidos e os seus actores políticos, tanto me faz um governo PSD-CDS, servo de Bruxelas e da Sra. Merkel, que nos conduz à morte em lume brando e governa contra Portugal e os Portugueses, como um governo sem vergonha e com ódio cego, do PS-PCP-BE que nos conduzirá ao mesmo destino, mas com terra queimada, num ápice.
Certo é que, com governo minoritário PSD-CDS, natural, ou com governo maioritário PS-PCP-BE, anti-natural, teremos eleições antecipadas. Qualquer que seja a saída, ela será sempre, e mais uma vez, da governação com agendas alheias, sectárias e contra a Nação. Decidam-se pois, e formem governo, mas já basta deste circo de reuniões do “clube dos cinco”!
E que fique de lição aos que teimam no voto “útil”, num suposto mal menor perante um mal maior. Afinal, de mal menor em mal menor, caminhamos para o mesmo estado a que nos levaria o mal maior: a destruição nacional! Os que votaram à luz desta mentalidade e presentemente estão em pânico, ante o cenário de um governo de Costa com os comunistas às costas, entendam agora que o tal voto “útil” é muito frágil, quando o próprio sistema permite este tipo de manobras e golpadas.
Que os portugueses que pensam como nós, passem todos a votar sempre naquilo em que acreditam e que no seu íntimo mais desejam, permitindo, com isso, o mais rápido crescimento do PNR. Só o Nacionalismo é a solução! E mais cedo ou mais tarde chegarão a essa conclusão. Mas que seja mais cedo, a bem da Nação!

20 de outubro de 2015

Crónicas de um Regime putrefacto

APONTAMENTO DO QUOTIDIANO (1ª QUINZENA DE OUTUBRO DE 2015)
> Balanço das Eleições Legislativas | Quase metade dos eleitores, abstiveram-se. Nos círculos da Emigração, a abstenção atingiu um record de 90%, o que levou inclusive à impugnacao de resultados. Um milhão e meio de idosos, os mais castigados por governações traumáticas, não foram votar. A Coligação PSD-CDS-PP venceu as eleições e manda a Constituição que quem vence forma Governo, independentemente de ser maioritário ou não. A coligação negativa que entretanto se formou, entre PS, BE e CDU, é no mínimo sinistra, tentando transformar uma derrota numa vitória. A CDU foi ultrapassada pelo BE, que recolheu os votos do mero protesto. A irresponsabilidade dos comunistas, ao afirmar que “o PS só não é Governo se não quiser”, e o desplante da bloquista Catarina Martins ao declarar que “o Governo está morto” geram apenas perplexidade. Esta visão retorcida, é uma subversão total dos resultados eleitorais. Este arranjo à posteriori, calculista, cínico e oportunista, é demonstrativo da mera ambição do poder pelo poder. António Costa, em 2009 disse que “quem vence eleições deve formar Governo”, mas agora, porque lhe convém, contradiz aquilo que disse. O dirigente socialista, que chegou a pedir uma maioria absoluta que o eleitorado não lhe atribuiu, perdeu em toda a linha e joga agora a sua sobrevivència política, arrastando o País ainda mais rapidamente para o caos. Ana Gomes, do PS, que chorou de raiva com a derrota do seu partido, dá uma reviravolta e chega mesmo a apelidar o Governo de “talibans ultraliberais”. Sérgio Sousa Pinto, entretanto, deixou o Secretariado Nacional do PS. Também Jorge Lacão, dirigente socialista, compara Francisco Assis, do mesmo partido, a “ortodoxos de origem cubana”. A Esquerda vai demostrando ser aquilo que sempre foi: um saco de gatos. E o PCP que, mascarado como CDU, se diz ser feito de “gente séria”, mostra que não tem seriedade nenhuma quando se trata do assalto ao tacho. Fica uma vez mais provado que a alternativa ao actual estado de coisas não está na esquerda utópica e cada vez menos séria, mas sim no PNR e no Nacionalismo Renovador. De salientar ainda que o partido Livre, por seu turno, carregado às costas pelos média, falhou a eleição de Rui Tavares, mas em contrapartida ficou cheio de dívidas. Ou seja, gastou o dinheiro que não tinha, e agora não sabe como vai pagar às gráficas, etc. – mais um grupo de gente de esquerda pouco séria, que brinca com os empregos dos outros. Por seu lado, parece que os animais passam a estar representados no Parlamento, com a eleição de um deputado do PAN. Talvez fosse interessante este partido solicitar aos seus votantes e militantes a organização de uma campanha de limpeza de resíduos de animais na cidade de Lisboa, que neste momento contribuem para um triste espectáculo de degradação. Este regime passou da comédia à alta comédia. Perante isto, pedir-se-ia prudência e sentido de Estado, mas isso é algo que já não existe para a classe de traidores e vendilhões que nos tem desgovernado.
> Presidenciais à vista: mais do mesmo | Marcelo Rebelo de Sousa finalmente confirma a candidatura à Presidência da República. O mesmo fez Maria de Belém Roseira, do PS, que no entanto se apresenta como independente. Ambos dizem estar imbuídos de um “imperativo patriótico”… O delirante Padre Vítor Melícias, que cada vez é menos católico, compara inclusive Maria de Belém Roseira a Joana D’Arc. Seria cómica se não fosse trágica, tal comparação. O PCP, por seu turno, em tempos visceralmente anti-católico, apoia a candidatura presidencial do ex-padre Edgar Dias, deputado regional na Madeira. Das duas, uma: ou o PCP se esquece da sua ideologia quando lhe convém, ou o senhor ex-padre nunca o foi de boa fé. O regime transformou-se efectivamente numa grande farsa. Nessa região autónoma, uma das regiões mais pobres do País, há 41 anos que é o mesmo partido, o PSD, que controla os destinos.
> Avante (novamente) com a política de terra queimada | Depois de um período de acalmia, os sindicalistas (ou anarco-sindicalistas?) da UGT e da CGTP estão de volta, ameaçando com nova onda de desestabilização laboral. Repetimos: as greves selvagens, por “dá cá aquela palha”, não são forma de proteger o emprego nem de incentivar a produtividade. Com tudo isto, as taxas de juro da dívida pública começaram já a subir, bem como foi adiada a entrega do Orçamento para 2016.
> A hipocrisia de Paulo Macedo | No mundo da hipocrisia, Paulo Macedo, ministro da Saúde, anuncia com pompa a integração de Portugal num fórum internacional da saúde, apresentado como a elite do sector. Enquanto isso, as queixas de utentes do Serviço Nacional de Saúde aumentaram 65% no último ano. Acrescem: saúde mental sem apoio, degradação da saúde e higiene pública, população minada de fármacos e por doenças oncológicas, diabetes, AVC’s a subir em flecha, todo o tipo de doenças raras nunca antes vistas, uma saúde oral péssima. O Hospital Amadora-Sintra é bem o espelho da degradação da assistência médica.
> Gestão danosa e fraudulenta da PT: que haja justiça! | Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Pacheco de Melo e Morais Pires, ex-adminstradores da PT, foram processados por prejuízos decorrentes da sua gestão, que ascendem a 850 milhões de euros, no âmbito do investimento ruinoso na Rioforte, com ligações ao antigo BES. Adianta-se a possibilidade de os gestores reporem o montante do prejuízo do seu próprio bolso. É preciso sobretudo que estes processos judiciais sejam consequentes!
> Gato escondido com o rabo de fora | Nos últimos tempos, o Tribunal de Contas publicou um conjunto de estudos e relatórios em que coloca a descoberto certos truques orçamentais e as debilidades da gestão financeira do Estado. O seu presidente, Guilherme de Oliveira Martins, de forma muito conveniente, abandona esta instituição e transita (leia-se, foge) para a administração da Fundação Gulbenkian.
> Por um investimento no turismo consequente e rentável | Portugal recebeu o ano passado, quinze milhões de turistas. Esta massificação, em muitos casos, está a tornar-se incómoda num país com dez milhões de habitantes. Porque esta actividade é um negócio como qualquer outro, somos pragmáticos: não importa o número de turistas, mas sim o valor médio do seu consumo. Termas, golfe, desportos de mar, turismo de habitação, congressos internacionais, produção cinematográfica, estes são alguns tipos de turismo estruturante de que Portugal precisa Uma área ainda subaproveitada, apesar das qualidades de excelência, são os recursos termais. A sua distribuição geográfica, de norte a sul, e a sua interioridade, permitem a criação de uma rede nacional de estâncias termais que fomentem o desenvolvimento local. Portugal tem um manancial de recursos inesgotáveis. Importa pois potenciar o seu rendimento, garantindo a sustentabilidade e qualidade. As principais estâncias termais de Portugal, Monção-Melgaço, Gerês, Vidago, Chaves, S. Pedro do Sul, Caldas da Rainha, Luso, Vimeiro, Curia, Vidago e Monchique, entre outras, carecem no imediato de promoção internacional em mercados mais selectivos.
                                            http://www.pnr.pt/

19 de outubro de 2015

Stop Islamisation of Europe

Nos últimos dias,dezenas de milhares de Europeus têm desfilado pelas ruas do velho continente,em vários países para protestar pelo facto da classe política os ter traído ao permitir a invasão islâmica!São imagens que as nossas televisões não mostram!
Por cá,numa altura em que muito português passa fome, em que muito português vive na rua, sobretudo nas grandes cidades, quem dirige algumas autarquias deste país, pretende ajudar quem vem de fora, continuando a esquecer os portugueses.Para cada “refugiado” o sistema pretende gastar cerca de 1200 euros/mês. Das duas, uma! Ou vamos ser todos nós a pagar esta despesa, esta soma que ultrapassa e muito o salário médio de um português e que é um insulto para quem ganha o miserável salário mínimo, ou vão ser os fundos comunitários a pagar a factura. Percebem, agora, a bondade destes “benfeitores”? Arrecadam 1200 euros por cabeça e depois vão gerir o orçamento de forma a tirarem daí, o máximo lucro.Importa, também, informar que a esmagadora maioria dos refugiados (alguns números apontam para os 70%) até nem são oriundos de zonas em conflito e são quase todos homens, jovens e em perfeita saúde para lutar pelo seu país.Por outro lado, são cada vez mais os episódios de violência ligados a estes “refugiados”. Instalações saqueadas, agressões a forças de segurança, agressões a europeus, perturbação de missas e procissões católicas, reivindicações absurdas como telemóveis ou acesso à internet, recusa de alimentação e insultos a quem faz as entregas.A Europa e Portugal não estão preparados para esta entrada anormal de pessoas, sobretudo de culturas muito diferentes da nossa, para as quais não temos resposta no mercado de trabalho. Não negamos a ajuda imediata a quem está em perigo de vida, mas defendemos que, uma vez alimentados e tratados, devem ser devolvidos aos países de origem. Em última análise, quem os deve acolher são os países ricos das suas regiões de origem, muitos dos quais colaboram com quem fomenta as guerras que assolam este continente.

13 de outubro de 2015

Sugestão de leitura

                       O Capitalismo Posto à Prova - Soluções para um sistema económico em crise
                                                   por Philip Kotler (Autor)
Com a queda do muro de Berlim, o modelo económico capitalista sairia triunfante. O capitalismo molda as economias de mercado das nações mais ricas e de maior desenvolvimento. No entanto, problemas cruciais como a escassez de emprego, a riqueza concentrada em minorias, a exploração excessiva dos recursos naturais têm provocado uma quebra no crescimento económico nos EUA, na Europa e no Japão.

Neste livro, Philip Kotler apresenta-nos uma visão abrangente e profunda das vulnerabilidades do capitalismo e faz uma análise rigorosa do que tem corrido mal. Sintetiza uma vasta quantidade de dados e apresenta sugestões para a resolução dos problemas deste sistema económico. Veícula uma mensagem animadora: «Podemos inverter esta situação».


Em O Capitalismo Posto à ProvaPhilip Kotler analisa em pormenor os desafios mais prementes que as nações enfrentam e elucida-nos sobre os atuais dilemas críticos. Traça um rumo novo e ousado para se alcançar uma sociedade que ofereça oportunidades melhores e mais justas aos cidadãos - um capitalismo que funcione para todos.
Adicionar ao carrinho
15,90 € 14,31 €
Coleção: Sociedade Global
Nº na Coleção: 66
Data 1ª Edição: 17/09/2015
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-5633-6
Nº de Páginas: 256

12 de outubro de 2015

Eça é que é essa…

Entre 1865 e 1900, foi o mais mordaz dos nossos escritores, o mais feroz dos nossos críticos. Mas quem diria que, mais de um século passado, muitos dos escritos de Eça de Queiroz continuam plenamente actuais?
O DIABO fez uma selecção de pensamentos do grande escritor que ainda hoje nos assentam como uma luva…
Mal sem cura
No meio de tudo isto, que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más – mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter nem dinheiro ou crédito. Hoje, crédito não temos, dinheiro também não – pelo menos o Estado não tem – e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior – e sem cura.
Democracia
A democracia, saída toda inteira da declaração dos Direitos do Homem, que afirmara soberbamente a sua liberdade e a sua igualdade, encontra no homem um ser mesquinhamente sujeito a todas as fatalidades físicas e a todas as dependências sociais, e não consegue libertá-lo delas – porque contra os direitos do homem, declarados, protestam as realidades da Natureza, experimentadas […]. E, como se isto não bastasse, a própria ciência nega a origem da democracia, que se dizia ser a igualdade natural – provando que a única lei universal é a desigualdade; que o homem, como os outros seres, está sujeito à selecção evolutiva; que o direito das espécies à vida se avalia à proporção da sua capacidade para viver; que quem triunfa e sobrevive é o mais forte; e que, portanto, só há realidade de direito quando há manifestações de força. Diremos ainda que a democracia é uma vitoriosa?
De cócoras
- A política é a ocupação dos ociosos, a ciência dos ignorantes e a riqueza dos pobres.
- E qual é a posição dos deputados?
- Na aparência sentados, por dentro de cócoras.
Sopa dos pobres
Fomos outrora o povo do caldo da portaria [sopa dos pobres], das procissões, da navalha e da taberna. Compreendeu-se que esta situação era um aviltamento da dignidade humana, e fizemos muitas revoluções para sair dela. Ficámos exactamente em condições idênticas. O caldo da portaria não acabou. Não é já como outrora uma multidão pitoresca de mendigos, beatos, ciganos, ladrões, caceteiros, que o vai buscar alegremente, cantando o Bendito; é uma classe inteira que vive dele, de chapéu alto e paletó. Esse caldo é o Estado.
Parasitas
Nos nossos tempos, o Estado está cheio de elementos mórbidos, que o parasitam, o sugam, o infeccionam e o sobreexcitam.
Europa sem emenda
A situação da Europa, na realidade, nunca deixou de ser medonha. Tem-no sido melancolicamente e apaixonadamente todo este século. Foi-o durante todo o século XVIII. Tem-no sido em todos os séculos, desde que os Árias aqui chegaram.
Errar, errar em tudo
Entre nós tem-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema. No momento histórico a que chegámos, porém, cada erro, por mais pequeno, é um novo golpe de camartelo.
eca-de-queiroz-2
Tagarelice nacional
No nosso canto, com a azulada doçura do nosso céu carinhoso, a contente simplicidade da nossa natureza meio árabe […], nós temos, ao que parece, todas as enfermidades da Europa, em proporções várias – desde o deficit até esse novo partido anarquista que cabe todo num banco da Avenida. E desgraçadamente, alem destes males, uns nascidos do nosso temperamento, outros traduzidos do francês, morremos a mais de outro mal, todo nosso, e que só a Grécia, menos intensamente, partilha connosco: é que, enquanto contra as tormentas sociais nas outras naus se trabalha, na nossa rota e rasa caravela tagarela-se!
É o melhor remédio
Vamos rir, pois. O riso é uma filosofia. Muitas vezes o riso é uma salvação. E em política constitucional, pelo menos, o riso é uma opinião.
A ilusão do voto
Como se não pode dar ao proletário todo o pão que ele necessita, dê-se-lhe ao menos todo o voto que ele reclame.
Como a Grécia
Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal.
A arena política
Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada, sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (…) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.
Mau cheiro
Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente, e pela mesma razão.
Dependência geral
Diz-se geralmente que, em Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente.

9 de outubro de 2015

Brindemos à nossa Lucy!

Cervejas artesanais influenciam novos hábitos de consumo

Parabéns, Portugal! E mãos à obra porque o futuro começa agora

Merci, Moutinho. Aquilo do ADN é mesmo verdade

Moutinho sempre evitou cruzamentos para gigante dinamarquês cortar. Foi ele a ter calma para marcar e provar que o treinador tinha razão: "Procurar o pontinho era o pior que podíamos fazer".
Em boa hora João Moutinho marcou o terceiro golo em 80 jogos pela seleção nacional: valeu a sexta vitória seguida e a qualificação para o Europeu de 2016, em França

Há três letras que se forem postas juntas toda a gente sabe o que é, ou pelo menos tem uma ideia: ADN. Mesmo quem desde pequenino andou a dormir nas aulas de Ciências saberá que esta sigla tem a ver com a genética, com algo com o qual nascemos e que coordena tudo o que fazemos. Ninguém nasce ensinado e muito menos com os genes a magicarem, à nascença, que naquele corpo está alguém que, quando for crescido, terá jeito para jogar à bola e a vontade inata de jogar para ganhar. Mas quem ouvisse Fernando Santos e confiasse no que ele dizia ficava exatamente com esta ideia na cabeça. Porque o homem que treina quem joga na seleção disse que “o ADN” dos portugueses “é jogar para ganhar” e ai de quem dissesse o contrário.
Nada se ouviu a sair da boca de João Moutinho. Não se sabe se ouviu na altura ou leu depois as palavras com que o selecionador respondeu a quem lhe perguntou por um empate frente à Dinamarca. Não era por mal: um ponto chegava para Portugal garantir que, no próximo verão, estaria a jogar o Campeonato da Europa em França. É o país onde João passa os dias a tocar na bola e Moutinho é o jogador que qualquer treinador gosta de ter — pode não jogar muito bem, mas é raro jogar mal; quase nunca marca golos, embora dê muitos a marcar; talvez não pareça um líder, mas é dos que obedece e cumpre à risca o que lhe mandam fazer. Sempre foi assim.
Por isso é que passa uma parte do jogo descolado dos médios e próximo dos avançados. Passa grande parte dos minutos perto de Ronaldo, Nani e Bernardo Silva, lá à frente. Era ele o jogador a mais que era preciso quando uma bola chegava rasteira ao ataque e havia espaço para trocar tabelas e passes rasteiros. Danilo Pereira e Tiago ficavam lá atrás, a pedir a bola aos defesas, a encarregarem-se que ela, depois, chegava a quem melhor sabia rematá-la à baliza. O problema é que a bola chegava à área mais vezes a viajar pelo ar do que a rodar pela relva. João Moutinho corria muito, desmarcava-se, era o pequenote que espreitava nos espaços entre os matulões dinamarqueses. Mas a equipa não lhe fazia caso, insistia em cruzar e cruzar por alto, para a área, quando nunca lá havia mais que um português e em campo não estava um avançado.
Até que João se fartou de passar bolas para o lado e de as ver seguir o atalho fácil do cruzamento. Aos 33’ recebeu um passe de Ronaldo e pensou, “não senhor”. Estava à entrada da área, tinha tempo e espaço para se preparar como deve ser e, pumba, disparou uma bomba. O remate passou centímetros acima da barra. Cinco minutos depois rendeu-se à arte de cruzar e, perto da fronteira da área, mostrou como teleguiar uma bola, quando a pôs na cabeça de Nani, que a rematou em cheio contra a barra da baliza dinamarquesa. O melhor que a seleção fazia até ao intervalo saía dos pés do pequenote com quase três anos de emigrante em França (chegou ao AS Monaco em 2013). O problema é que o melhor era muito pouco para evitar “o pior” que Fernando Santos dissera que podia acontecer: “Procurar o pontinho”.
Portugal's midfielder Joao Moutinho (L) scores the opening goal during the Euro 2016 qualifying football match Portugal vs Denmark at the Municipal stadium in Braga on October 8, 2015. AFP PHOTO/ FRANCISCO LEONG (Photo credit should read FRANCISCO LEONG/AFP/Getty Images)

A seleção arriscava muito pouco, Ronaldo quase só tocava na bola quando tinha a baliza nas costas e os 11 cruzamentos até ao intervalo de nada serviam. O susto que Nicklas Bendtner pregou com um remate ao poste que não lhe deixou marcar o sétimo golo a Portugal serviria para alertar a equipa que, para o pontinho, não dava mesmo. Uns quantos berros de Fernando Santos gritados desde o banco ajudaram e João Moutinho percebeu a mensagem. Com calma e com a bola colada à relva, se possível, era assim que tinha de ser no ataque. A paciência lá começou a fazer companhia às jogadas e a ajudar a que aparecessem as tabelas curtas nas alturas em que os portugueses se tinham que evadir da pressão dinamarquesa. Um, dois, três toques, com Moutinho sempre perto de Ronaldo ou Bernardo Silva, para fazer a bola chegar às linhas para, lá está, ser cruzado por Cédric ou Coentrão para Nani. O meios mudavam, mas o fim continuava o mesmo.
Até João inventou um, aos 58′, embora mais em balão, como um passe longo, quando atirou a bola da direita à esquerda da área, para Cristiano Ronaldo a matar na relva, tirar Jacobsen da frente e dar um remate para Kasper Schmeichel brilhar na baliza — duas vezes, porque filho de guarda-redes sabe defender e ainda parou a recarga rematada por Bernardo Silva, um metro à sua frente. Moutinho colava as mãos à cabeça. Muitos e vários cruzamentos se seguiram até o médio, na ressaca de um canto, rematar de primeira e para a pedreira que é vizinha do Estádio AXA, em Braga. Terá ficado a remoer a inimiga chamada pressa porque, aos 66′, quando outro ressalto lhe chegou à entrada da área, teve tanta calma quanto classe: dominou a bola na relva, fingiu que ia rematar e sentou dois defesas dinamarqueses para, depois, bater a bola em jeito para a baliza. À pressa seguiu-se a calma e o 1-0 vinha de quem menos golo tinha no ADN — era apenas o terceiro que Moutinho marcava em 80 jogos pela seleção nacional.
Faltava menos de meia hora para jogar e era a vez de Portugal fazer uso do lado cleptomaníaco de Tiago e Danilo e do esforço de Nani e Bernardo Silva. Os primeiros tiveram de roubar muitas bolas a meio campo e os segundos de correrem mais metros para trás do que para a frente para ajudarem na defesa. A derrota não era nada amiga dos dinamarqueses, que jogavam a última partida na qualificação e assim ficavam a jeito de serem ultrapassados pela Albânia, no domingo. Por isso apertaram e conseguiram que William Kvist, aos 76′, e Michael Khron-Dehli, já nos 91′, rematassem a bola para darem a Rui Patrício duas hipóteses de salvar a vitória para a seleção nacional. Os últimos minutos Moutinho passou-os perto do banco, em pé, nervos em bica, a olhar para o que se passava no relvado de onde saíra para ouvir os adeptos a baterem-lhe palmas. Foram bem merecidas.
A seleção aprendeu a dizer olá em francês pelo dicionário do homem que há mais anos anda por lá. Quando o árbitro apitou, João foi rápido a pegar numa bandeira, erguê-la nos braços e enrolá-la à volta do corpo. Deu uma volta ao relvado, retribuiu as palmas às bancadas e fartou-se de dar trabalho aos músculos que a cara ativa para sorrir. Moutinho estava feliz da vida porque do seu pé direito saíram várias coisas — o golo que deu a sexta vitória seguida e a primeira vez que a seleção o conseguia em fases de qualificação e que o tornou apenas no terceiro homem a marcar nesta fase de apuramento (só Cristiano Ronaldo, com cinco golos, e Miguel Veloso, com um, também marcaram). Foi ele quem mais razão deu a Fernando Santos que diz o que todo o jogador da seleção tem no ADN: jogar para ganhar. Se calhar é isto mesmo que está no ácido desoxirribonucléico de quem é português e joga à bola.
Proponha uma correção, sugira uma pista:
dpombo@observador.pt

Força Presidente!Estamos juntos!

7 de outubro de 2015

5 de outubro de 2015

Viva o 5 de Outubro…de 1143


Digno de celebração, o histórico 5 de Outubro. Nesse dia de 1143, faz esta semana 872 anos, o monarca do vizinho reino de Leão e Castela era obrigado a reconhecer a independência de Portugal, dando a D. Afonso Henriques o tratamento de rei. Para os portugueses será sempre o Fundador e o Conquistador.
D. Afonso Henriques tinha 19 anos quando tomou as rédeas do governo do Condado Portucalense, depois de ter derrotado os nobres galegos apoiantes de sua mãe na batalha de S. Mamede, junto a Guimarães, a 24 de Junho de 1128. Logo a seguir àquele combate, os documentos da sua chancelaria passaram a exibir um selo ou emblema com uma cruz e a palavra “Portugal”. A independência do novo reino foi reconhecida por Afonso VII de Leão em 1143 e pelo Papa Alexandre III em 1179.
Apoiado pelos cavaleiros de Entre-Douro-e-Minho, Afonso Henriques afirmou a sua autoridade em sucessivas vitórias sobre leoneses e muçulmanos, após ter-se imposto aos apoiantes de sua mãe. Viúva do conde D. Henrique de Borgonha, D. Teresa teve um papel político activo. Além de defender os seus domínios, atacados pelos mouros almorávidas, D. Teresa contestou a sucessão de sua meia-irmã Urraca, por morte do pai de ambas, Afonso VI, em 1109, e opôs-se ao arcebispo Diego Gelmirez, que procurava impor o primado da diocese galega de Santiago de Compostela sobre a de Braga.
Contra os mouros e leoneses
Após conquistar o poder em S. Mamede, D. Afonso Henriques prosseguiu a estratégia expansionista e autonomista de sua mãe e, antes do governo de D. Teresa, de seu pai, o conde D. Henrique, nobre borgonhês bisneto de Roberto II, o Pio, rei de França: alargar os limites geográficos e a autonomia política do território que viria a ser Portugal.