28 de setembro de 2014

«A força do Povo por um Portugal com futuro»


Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Lisboa, Sessão Pública de abertura da Acção Nacional «A força do Povo por um Portugal com futuro»

  A Dívida, o Euro e os interesses nacionais

Permitam-me antes de mais que agradeça a vossa presença e o conjunto de valiosos contributos para o debate público que aqui temos estado a realizar sobre “A dívida, o Euro e a defesa dos interesses nacionais”. Esta é a primeira de um conjunto de iniciativas da acção que o PCP lançou, neste mês de Setembro, que tem como lema “A força do povo, por um Portugal com futuro – Uma política patriótica e de esquerda” e que se destina a identificar os eixos, os objectivos e as prioridades nucleares de uma política alternativa tão mais urgente quanto mais nítido fica o caminho para o abismo económico e social para o qual o país está a ser conduzido.
Uma acção nacional que dará expressão pública aos conteúdos, ao programa e a um projecto para a inadiável política alternativa que assegure, viabilize e concretize a construção de um Portugal com futuro.
Uma acção nacional que afirma com confiança que é no povo que reside a soberania de decisão, que com a força do povo, a sua luta e intervenção mas também as suas escolhas e opções políticas é possível romper com décadas de política de direita e abrir caminho a uma política vinculada aos valores de Abril.
Num momento em que o governo PSD/CDS continua com o pé no acelerador rumo ao desastre, destruindo direitos e conquistas sociais, roubando rendimentos e salários aos trabalhadores, demolindo serviços públicos e privatizando empresas e sectores estratégicos, favorecendo o grande capital monopolista e entregando milhões de euros de recursos públicos às mãos da banca e da especulação financeira, ferindo a nossa soberania e violando a Constituição da República, o PCP assume as suas responsabilidades persistindo e trazendo cada vez mais homens e mulheres à luta pela demissão deste Governo, reflectindo e apresentando propostas para um caminho alternativo que rompa com o ciclo vicioso de 38 anos de política de direita, com a qual o Povo português sofre, e da qual está farto.
Derrotar a política e o governo actual, fechando simultaneamente o caminho às manobras de alternância e convergência com a direita, que a lamentável encenação das «primárias» no PS configura, é tanto mais urgente quanto a aliança reaccionária no poder, sentindo o terreno fugir-lhe debaixo dos pés e vendo o seu tempo próximo do fim, intensifica a sua política de empobrecimento e destruição, multiplica as benesses ao grande capital e ao imperialismo, acelera o ataque ao regime democrático procurando tornar dificilmente reversíveis medidas que, do poder central ao poder local, visam reconfigurar o Estado para o colocar inteiramente ao serviço da classe dominante.
Interromper a acção destruidora do Governo PSD/CDS, objectivo que só com a luta dos trabalhadores e das populações será possível concretizar, é uma tarefa inseparável da agregação de cada vez mais democratas e patriotas em torno de uma proposta política verdadeiramente alternativa, patriótica e de esquerda, que se impõe cada vez mais perante a dimensão dos problemas que atingem o país.
A avaliação crítica que fazemos sobre a situação do país, sobre a realidade concreta que atinge a vida de milhões de portugueses, sobre a evolução da situação económica e social, sobre o papel de Portugal no mundo, o seu grau de desenvolvimento, sobre o exercício da sua soberania e as condições que se colocam para o futuro, é inseparável de uma perspectiva de classe.
A situação do país hoje exprime o profundo confronto de interesses que existe na sociedade portuguesa e que tem vindo a agudizar-se: de um lado os grupos económicos e financeiros, associados e dependentes do grande capital estrangeiro e que dominam sectores estratégicos como a banca e, não menos importante, o poder político; do outro, os trabalhadores, os agricultores, os pescadores, os micro, pequenos e médios empresários, os jovens, as mulheres, os reformados e outras camadas sociais não monopolistas, que sofrem na pele as consequências da política que serve os primeiros.
Portugal é hoje um país que cria valor para os accionistas mas que conta com cerca de um milhão e quatrocentos mil trabalhadores desempregados. Um país que em nome da competitividade fiscal reduz drasticamente a tributação dos monopólios e que esmaga com impostos os rendimentos do trabalho e das PME's. Um país que é um paraíso para os Alexandres Soares dos Santos, para os Américos Amorins, para os Belmiros de Azevedo, mas que se está a transformar num inferno para a esmagadora maioria dos portugueses.
Portugal é hoje um País cada vez mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos soberano. É este o resultado de 38 anos de continuada política de direita.
Tal realidade comprova-se na dimensão colossal do desemprego, na saída em massa de centenas de milhar de portugueses para o estrangeiro, nos baixos salários e no seu cada vez menor peso relativo na distribuição do rendimento nacional, na pobreza que atinge quase três milhões de portugueses, num aparelho produtivo enfraquecido e num endividamento público e privado galopante, no crescente controlo da economia nacional por parte do grande capital, sobretudo estrangeiro, na corrupção e subversão do papel das instituições democráticas, na destruição de serviços públicos e degradação dos apoios sociais, no agravamento das injustiças e desigualdades sociais, a par de uma política fiscal de saque aos rendimentos dos trabalhadores, dos pequenos e médios empresários e dos agricultores, e de favorecimento dos grupos económicos e financeiros.
A política de submissão e dependência intensificou-se nos últimos anos com os PEC's e o Pacto de Agressão, promovido pelo PS, PSD e CDS em colaboração com o FMI, a União Europeia e o BCE, a qual, apesar do fim formal do chamado Memorando de Entendimento decretado em Maio deste ano, não só se mantém, como ameaça eternizar-se. Seja por via dos tratados da União Europeia – incluindo o Tratado Orçamental –, a que estes três partidos amarraram o País, seja por via do círculo vicioso do endividamento privado e público, seja por via das imposições decorrentes da integração na moeda única, seja ainda por via do domínio do grande capital nacional e estrangeiro sobre a banca nacional através do qual se desviam e sugam recursos do povo português para satisfazer os processos de concentração e acumulação de riqueza nos grupos económicos e financeiros.
Inseparável do processo de reconstituição monopolista e de integração e submissão às imposições da União Europeia é também o crescente empobrecimento e amputação do regime democrático. Um processo que tende a transferir um número cada vez maior de decisões para estruturas supranacionais – que não são sujeitas a qualquer escrutínio democrático – e que colide frontalmente com a Constituição da República Portuguesa. Tal como foi referido no decurso desta iniciativa, com a privatização da banca, com a crescente dimensão da dívida e a recusa da sua renegociação, e com a submissão aos condicionamentos da União Europeia, ao Euro e ao Tratado Orçamental, Portugal perdeu importantes instrumentos de soberania.
A dimensão dos problemas existentes exige, não o aprofundamento da lógica de desenvolvimento capitalista, com o consequente domínio do capital monopolista, arrastando e expondo o País a uma sucessão de crises cada vez mais frequentes e destruidoras, mas uma ruptura com a política de direita e a concretização da política patriótica e de esquerda vinculada aos valores de Abril que o PCP propõe.
Impõe-se uma ruptura com as opções de classe de sucessivos governos e com o domínio do capital monopolista em Portugal.
Uma ruptura com a crescente desvalorização do trabalho e dos trabalhadores e o processo de agravamento da exploração e empobrecimento que está em curso.
Uma ruptura com a mutilação e subversão das políticas sociais – saúde, educação, segurança social, cultura – e a progressiva liquidação de direitos e das condições de vida da população.
Uma ruptura com a reconfiguração do Estado ao serviço da acumulação acelerada do grande capital.
Uma ruptura com o processo europeu de integração capitalista, com a crescente dependência e subordinação externa e com a política de submissão aos interesses do imperialismo.
Uma ruptura com a subversão da Constituição da República Portuguesa e a crescente mutilação do regime democrático.
Assumimos, propomos e apelamos à convergência de todos quantos têm sido atingidos pelo rolo compressor da política de direita, para que dêem força à alternativa patriótica e de esquerda que o país precisa.
Na abertura desta “Acção Nacional, A força do povo por um Portugal com futuro – Uma política patriótica e de esquerda”, reafirmamos o conjunto de direcções fundamentais da política alternativa que o país precisa. Renegociar a dívida, defender a produção nacional, assegurar o controlo público dos sectores estratégicos, valorizar salários e rendimentos dos trabalhadores e da população, defender os serviços públicos, adoptar uma política de justiça fiscal, rejeitar a submissão ao Euro e à União Europeia recuperando a soberania económica, monetária e orçamental.
São muitos os portugueses que hoje, justamente, já não podem ver nem Passos Coelho, nem Paulo Portas pela frente, mas mais importante do que passar a ver estes dois governantes pelas costas, é a efectiva substituição das políticas que ao longo destes últimos 38 anos foram executadas por PS, PSD e CDS. Para o PCP a questão que se coloca ao país não está em saber quem vão ser os futuros protagonistas da política de direita, como dissimuladamente a farsa das chamadas eleições para primeiro ministro quis impor e que o PS deliberadamente promoveu, seguramente para esconder responsabilidades passadas e intenções futuras. Não! A questão decisiva que se coloca ao povo português é a de romper com este ciclo infernal da alternância sem alternativa e abrir caminho a opções que respondam às dificuldades, ao sofrimento, às aspirações e expectativas da nossa pátria.
Na iniciativa hoje aqui realizada duas questões foram objecto de maior aprofundamento, a necessidade de renegociação da dívida e a necessidade de libertação do país do euro, a que se junta, uma terceira, que é inseparável das restantes: a necessidade da recuperação do controlo público sobre a banca. Cada uma destas componentes merece aqui uma palavra.
A dívida pública atingiu uma dimensão colossal equivalendo hoje a 134,0% do PIB. Na sua origem estão razões já aqui descritas e que de forma sucinta resultaram do abandono do nosso aparelho produtivo, das privatizações, da crescente financeirização da economia, da especulação financeira, do favorecimento público e da evasão fiscal do grande capital, da derrapagem dos défices públicos e externos, designadamente, para favorecer o sistema financeiro, da submissão à União Europeia e aos monopólios nacionais e estrangeiros, da adesão ao Euro e do agravamento da crise do capitalismo e do seu aproveitamento contra os trabalhadores e o povo.
É igualmente conhecido que hoje, os juros e amortizações das dívidas pública e externa restringem brutalmente a capacidade de investimento do país e a capacidade de o Estado cumprir as funções e competências constitucionalmente atribuídas.
O volume da dívida pública é de tal ordem que, com a ausência ou insuficiência de crescimento económico, os juros fazem-na aumentar todos os anos. Estando seriamente comprometida a solvabilidade financeira do Estado e do País, para lá da incapacidade de cumprir as disposições, gravosas e irrealistas, do Tratado Orçamental. Na verdade, as dívidas pública e externa são insustentáveis e impagáveis. A sua renegociação é uma inevitabilidade, um imperativo nacional, como atempadamente preveniu e propôs o PCP, tendo sido o primeiro partido a apontar esse caminho há mais de três anos, em Abril de 2011. Mas a grande questão é se esta renegociação será feita no interesse dos credores ou no interesse do povo português.
Da nossa parte dizemos: a renegociação da dívida significa o propósito e a iniciativa de negociar a dívida com os credores, mas significa ao mesmo tempo a intenção de tomar todas as medidas indispensáveis à concretização dos seus objectivos, independentemente das opções dos credores.
Para o PCP, a necessária renegociação das dívidas pública e externa deve proteger Portugal da usura dos que lucraram com elas e não para acautelar os seus interesses. Deve ser assumida como uma iniciativa do Estado português com o objectivo de assegurar o direito a um desenvolvimento soberano e sustentável e de garantir um serviço das dívidas que se coadune com o crescimento económico e a promoção do investimento e do emprego.
Quanto ao Euro, a integração de Portugal na União Económica e Monetária (UEM) e a adesão à moeda única, combatidas pelo PCP – único grande Partido nacional que o fez –, traduziram-se em devastadoras consequências para a economia nacional e o País. O Euro é um projecto do grande capital europeu, das transnacionais europeias e do directório de potências europeias comandado pela Alemanha. O grande capital nacional, integrado em posição subalterna com o capital estrangeiro, assumiu o protejo como seu e os partidos que o representam – PS, PSD e CDS – impuseram-no ao povo português. O Euro e os constrangimentos associados à UEM servem especialmente os interesses da banca, nacional e estrangeira, e dos restantes grupos monopolistas, mas são contrários aos interesses dos trabalhadores e do povo português, bem como dos trabalhadores e dos povos europeus.
O Euro representou para Portugal estagnação e recessão, desinvestimento e degradação do aparelho produtivo, endividamento externo e perda de competitividade, endividamento público e ataque especulativo à dívida soberana, descontrolo orçamental e agravamento do défice, aumento do desemprego e da precariedade, redução dos salários e aumento da exploração, disparidades regionais e divergência face à média União Europeia. Portugal produz hoje menos riqueza do que quando se introduziu o Euro e a desigualdade na distribuição da riqueza acentuou-se. O Euro submeteu Portugal a imposições de tipo colonial por parte da União Europeia e do seu directório e amarrou-o à estagnação e à recessão, ao empobrecimento e ao subdesenvolvimento. A subordinação ao Euro revela-se não apenas insustentável para a economia portuguesa, mas também um factor de crescente degradação das condições de vida do povo português.
Libertar o país da submissão ao Euro, ainda que com impactos no curto prazo que não podem ser ignorados e que pressupõe não um acto súbito mas um processo, e é uma condição necessária, embora não suficiente, para assegurar um desenvolvimento soberano.
Esta libertação deveria acontecer naturalmente, decorrendo de um processo de dissolução programado e organizado da UEM que reduzisse ao mínimo as perturbações económicas e financeiras da reconstituição das novas moedas nacionais e estabelecesse programas financeiros de apoio aos países com economias mais débeis e mais endividados, como acontece com Portugal. Dissolução da UEM que o PCP vem propondo desde 2007! Nada indica, no entanto, que sejam essas as intenções dos órgãos da União Europeia. Bem pelo contrário! Assiste-se ao reforço dos instrumentos e mecanismos para um cada vez mais federal e antidemocrático comando político dos Estados da zona Euro, pela Alemanha e pelo directório das grandes potências.
A libertação do País do Euro, que deverá ser associada à luta pela dissolução da UEM, é necessária e pode ser negociada, mas tem como condições fundamentais a preparação do País, o respeito pela vontade popular e uma acção política empenhada em defender nesse processo de saída os rendimentos, as poupanças, os níveis de vida e os direitos do povo português.
A ruptura com o Euro deve processar-se de forma a aproveitar plenamente as suas vantagens e a minimizar os seus custos, com o propósito de preservar e melhorar a situação material do povo, de defender e recuperar a capacidade produtiva e acelerar o crescimento económico e de abrir potencialidades ao desenvolvimento do País.
Por fim, a questão da banca.
A banca privada nacional, reconstituída a partir das privatizações, foi um dos principais veículos e uma poderosa alavanca da concentração e centralização do grande capital e da reconstituição dos grupos económicos e financeiros que dominam, subjugam, oprimem e exploram o povo português.
O sector bancário dominado pelos grupos monopolistas não serviu os trabalhadores, as populações, as empresas, os produtores, a economia nacional e o País. Pelo contrário, prejudicou-os, servindo-se deles para engrossar os lucros dos grandes accionistas e gestores, acumular ainda mais riqueza numas poucas famílias, espoliar patrimónios e activos privados e públicos, parasitar o investimento e o gasto do Estado e os empréstimos e financiamentos comunitários, tomar emprestado a juros baixos no estrangeiro e emprestar a juros altos em Portugal e erguer um sistema de ligações tentaculares, de ocultação de contas e de evasão fiscal, de fuga e lavagem de capitais, nomeadamente, como veículos e agentes privilegiados no uso de sociedades offshoreem paraísos fiscais e de financiamentos e privilégios a esses mesmos grupos.
As privatizações do sector bancário público retiraram ao Estado alavancas de comando económico, de decisão estratégica e de direcção operacional necessárias a uma política económica e financeira de acordo com os interesses nacionais, situação agravada por um peso crescente, quando não dominante, do capital transnacional.
Após anos de acumulação de milhares de milhões de euros de lucros, os prejuízos do conjunto da banca nacional nos últimos três anos, as perdas para o Estado de receitas fiscais e de verbas do auxílio público, e os recentes escândalos financeiros (BPN, BCP, BPP, BANIF e, mais recentemente, o BES cujas consequências e impactos estão longe de estar determinados) ameaçam ainda mais a situação económica do País.
A necessidade urgente de reconsolidar a globalidade do sistema bancário e de conter os riscos sistémicos para a economia, de assegurar uma efectiva regulação, supervisão e fiscalização da banca e, numa perspectiva mais vasta, a necessidade de travar a especulação financeira e de canalizar as poupanças e recursos financeiros para o investimento na produção nacional, de defender a soberania e impulsionar o crescimento seguro e equilibrado, reclama que a moeda, o crédito e outras actividades financeiras essenciais sejam postas sob controlo e domínio públicos, colocando-as ao serviço dos interesses nacionais.
Estes três grandes constrangimentos - dimensão da dívida pública, submissão ao euro, e domínio da banca pelo capital monopolista - cada vez mais reconhecíveis pela população, contribuíram para o atraso e a degradação da situação nacional, entravam no imediato a recuperação económica e social e eliminam num prazo mais alargado as hipóteses de um desenvolvimento duradouro e equilibrado.
A renegociação da dívida, a libertação do País da submissão ao Euro e o controlo público da banca são, por isso, três instrumentos fundamentais para a recuperação e o progresso do País, que devem ser aplicados no seu tempo próprio, mas pensados e preparados em conjunto, articulados e integrados num projecto mais geral de ruptura com o actual rumo de destruição, de concretização de uma alternativa política e de edificação de uma democracia avançada nas várias vertentes da vida nacional.
É esta a razão pela qual o PCP anuncia hoje que apresentará, na próxima terça-feira, na Assembleia da República, um Projecto de Resolução com uma proposta integrada para resgatar o País da dependência e do declínio, visando fixar os calendários, as condições e as opções da política nacional com vista: à renegociação da dívida, compatibilizando-a com o direito ao desenvolvimento; à criação de estruturas nos órgãos de soberania para preparar o País para a saída do Euro, favorecendo o desenvolvimento nacional e salvaguardando os interesses e as condições de vida dos trabalhadores e do povo; e à adopção de medidas que conduzam a um efectivo controlo público do sector financeiro, colocando-o ao serviço dos interesses do País e dos portugueses e não da especulação e da acumulação privada.
Uma proposta clara, de ruptura, que responde a três dos principais estrangulamentos do país. Uma proposta que servindo os interesses dos trabalhadores e dos povos terá, naturalmente, como adversários os grupos monopolistas que vão parasitando o país. Uma proposta que se eleva perante o lodaçal que marca muitas das querelas artificialmente construídas para esconder as muitas semelhanças entre os três partidos que nos últimos 38 anos estiveram no governo. Uma proposta séria, que não ilude dificuldades, mas que tem a marca do PCP, o Partido que previu e preveniu sobre as consequências para o País da desastrosa entrada na União Europeia e no Euro, do inevitável rumo das privatizações, do caminho natural de dependência externa que representou a abdicação da nossa soberania e o abandono da produção nacional.
Uma proposta que queremos que muitos a tomem como sua e que pela força do seu apoio e da sua luta a transformem na realidade que o país precisa.
Não há manobras, anúncios, promessas ou encenações, venham elas de onde vierem, que possam alterar a situação do país e a opção que dela decorre. A dimensão dos problemas nacionais e a perspectiva do seu agravamento, reclamam a necessidade de um tempo novo, onde a ruptura com a política de direita é a opção primeira para quem quer responder aos problemas do país. Aos que, aproveitando-se do desespero e dificuldades de milhões de portugueses, procuram uma vez mais lançar a rede da ilusão para recolher apoios e votos que utilizarão no prosseguimento da mesma política, daqui lhes dizemos, que há cada vez mais portugueses a compreender que é preciso dizer basta à alternância entre PS e PSD, com ou sem CDS, que há cada vez mais democratas e patriotas que compreendem, convergem e mobilizam-se para dar força a uma verdadeira alternativa política, construída não a partir do marketing, mas da afirmação de um projecto claro de ruptura e mudança na vida nacional.
Nos próximos meses e até ao final do ano, esta acção que hoje se iniciou continuará a contar com a realização de diversas iniciativas, ampliando o debate sobre a política alternativa, alargando a contribuição a outros democratas e patriotas, elevando a consciência em muitos milhares de portugueses de que há alternativa à actual situação e para a qual o PCP é a força agregadora, necessária e insubstituível. Caminharemos lado a lado com a luta dos trabalhadores e das populações, esse grande e incontornável motor da transformação social e da emancipação humana. Um caminho de luta mas também de esperança, de clara e inequívoca afirmação dos ideais, do projecto e dos valores de Abril no futuro de Portugal.

Patriota e de Esquerda

Romper com política de direita e fazer emergir como possibilidade real uma política alternativa, patriótica e de esquerda, constitui não só um imperativo nacional e uma exigência patriótica como corresponde a uma legitima aspiração dos trabalhadores e do povo português. É esse o objectivo e a prioridade que o PCP toma em mão.
«A Força do Povo, por um Portugal com futuro – uma política patriótica e de esquerda» é este o lema da acção que o PCP lançará a partir deste mês de Setembro e que culminará, nesta sua primeira fase, em Dezembro próximo.
Um acção nacional que nos próximos meses identificará os eixos, os objectivos e as prioridades nucleares de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, tão mais urgente quanto o caminho para ao abismo económico e social para o qual o País está a ser conduzido.
Uma acção nacional que estabelecerá os conteúdos, um programa e um projecto para a inadiável politica alternativa que assegure, viabilize e concretize a construção de um Portugal com futuro.
Uma acção nacional que afirma com confiança que reside no povo a soberania de decisão, que com a força do Povo, a sua luta e intervenção mas também as suas opções e escolhas é possível romper com décadas de política de direita e abrir caminho a uma política vinculada aos valores de Abril.

Com o PCP, uma Política Patriótica e de Esquerda

A concretização de uma alternativa política ao actual rumo de desastre para que o País tem sido conduzido nos últimos 38 anos, constitui um imperativo nacional e exigência patriótica.
Uma alternativa que tem na política patriótica e de esquerda a base essencial de concretização, assente em seis direcções fundamentais:
  • renegociar a dívida, rompendo com o garrote que ela constitui ao desenvolvimento soberano de Portugal;
  • promover e valorizar a produção nacional e recuperar para o controlo público os sectores e empresas estratégicas, designadamente do sector financeiro;
  • valorizar os salários e rendimentos dos trabalhadores e do povo e assegurar o respeito pelos direitos;
  • defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, designadamente o direito à educação, à saúde e à protecção social;
  • adoptar uma política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e dos pequenos e médios empresas e tribute fortemente os rendimento do grande capital, os lucros e a especulação financeira;
  • rejeitar a submissão às imposições do Euro e da União Europeia recuperando para o País a sua soberania económica, orçamental e monetária.

23 de setembro de 2014

Não receies irmão... quanto mais escura a noite, mais brilhantes te parecem as estrelas

As negociatas e o poder do super agente

Jorge Mendes: the most powerful man in football?

From Diego Costa to Angel di María, the Portuguese super agent is responsible for the biggest deals in football but is also in apparent breach of Fifa regulations
Jorge Mendes, the Portuguese agent who has conducted many of the biggest transfers in European football, is serially involved in the third‑party ownership of players in apparent breach of Fifa regulations, a Guardian investigation can reveal.
Mendes, who brokered the year’s biggest deals, including Ángel di María’s £59.7m move to Manchester United and Diego Costa’s £32m purchase by Chelsea, was seeking to attract €85m (£67m) from undeclared investors via offshore companies to buy stakes in players at clubs in Spain and Portugal, according to a document seen by the Guardian. The prospectus and further inquiries have shown that:
 Mendes and the former Manchester United and Chelsea chief executive Peter Kenyon advise five Jersey-based funds on more than £100m to be invested in buying “economic rights” in players.
 Mendes admits he has a conflict of interest, because he acts as the agent to players whose economic rights have been bought by the funds he advises; this appears to contravene Fifa regulations on agents.
 Sporting Lisbon say the funds that Mendes and Kenyon advise sought to buy stakes in players as a condition of players, advised by Mendes, renewing their contracts.
 Mendes claims to have conducted 68% of all player transactions at Portugal’s great clubs, Sporting Lisbon, Benfica and Porto, in the decade 2001-10.
The 20-year ascent of Mendes from Porto nightclub owner and friend of footballers to the beaming broker of the game’s most lucrative transfers has tracked the sport’s pay-TV-fuelled inflation itself, and Portugal’s status as a habitual exporter of players. Mendes built his name and the operation of his company, Gestifute, on attaining a remarkable dominance over the deals done by Portugal’s top three clubs, and he took several of these players on multimillion-pound moves to England and Spain. There he has extended his influence, particularly after his client José Mourinho made the journey himself from Porto after 2004, to sign as the manager at Chelsea, then Internazionale and Real Madrid, now Chelsea again.
Mendes’s work reached stunning fruition this summer, when he was seen conducting the biggest moves of talent and money not only from his home country’s financially hollowed out clubs but of the whole European football player transfer market. James Rodríguez, his reputation glowing from his World Cup excellence, was signed by Real Madrid for £71m from Monaco, to where Mendes brokered his move from Porto only last year for €45m (£38.5m). Porto declared in its annual report that it paid Gestifute €4.4m (£3.6m) for “intermediation service costs” on that deal; the amount paid by Real this year has not been disclosed.
Di María, deemed surplus stock at Real Madrid, came to Old Trafford for almost £60m in Manchester United’s post-Sir Alex Ferguson and David Moyes splash-out; a grinning Mendes was seen with Louis van Gaal in the 4x4 at United’s Carrington training ground. Radamel Falcao, whose €40m (£32m) sale by Porto to Atlético Madrid in 2011 was brokered by Mendes – Gestifute shared €3.7m (£3m) “intermediation service costs” with another company, Orel –moved to Monaco last year for £50m, then Mendes brought him to United this summer on an extraordinarily costly loan. Eliaquim Mangala, for whom Manchester City paid £32m to Porto – 33% of Mangala’s “economic rights” had been owned by the Malta-based third-party ownership fund Doyen – was another Mendes move.
Costa brought his goalscoring eye from Atlético Madrid, where Mendes boasts of powerful influence, to Mourinho at Chelsea, who paid £32m. Reports have stated that 30% of Costa’s “economic rights” were owned by an offshore fund but sources close to the signing say in fact there was no third‑party ownership of Costa.
Unquestionably true, however, is that Mendes, as well as acting as an agent for these and many other players, and being paid by clubs as a transfer “intermediary”, is serially involved with Kenyon in advising on the third‑party ownership of economic rights in players.


Fonte

20 de setembro de 2014

Será que o Reino ainda continua Unido!?

     Confrontos em Glasgow após vitória do "não" na Escócia

Depois de um dia calmo, na sequência da vitória do "não" no referendo sobre a independência da Escócia, o final da tarde ficou marcado, esta sexta-feira, por alguns confrontos em Glasgow, uma das principais cidades do país.

Pelo menos três pessoas foram detidas, depois de dois grupos, com cerca de 200 pessoas, terem entrado em confrontos na George Square. O jornal "The Herald", da Escócia, refere a possível existência de uma pessoa ferida com uma faca, mas polícia não confirmou a suspeita.

As cenas de caos, que começaram ainda ao final da tarde, prolongaram-se até à noite, com manifestantes que exibiam bandeiras da Escócia e do Reino Unido e envolverem-se em escaramuças.

A descrição do jornal escocês refere a existência de pessoas alcoolizadas, saudações nazi e tochas nos confrontos que foram controlados pelas autoridades.

O "Independent" afirma que os problemas começaram na sequência de uma manifestação de unionistas, que entraram na George Square a cantar vivas ao Reino Unido.

Apesar de inicialmente separados por um cordão policial, os confrontos com pró-independentistas foram inevitáveis.
 

A sentir-me comunista

 Governo está a vender ao desbarato tudo o que é estratégico
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o Governo de estar a vender ao desbarato tudo o que é estratégico, deixando o país sem alavancas de desenvolvimento e crescimento futuro.

"Querem privatizar tudo o que dá lucro, desarmando o nosso país de alavancas estratégicas fundamentais para o nosso desenvolvimento. Este Governo está a vender ao desbarato tudo o que é estratégico e fundamental para o nosso país", disse.


Na sua intervenção num almoço convívio de comunistas que decorreu em Viseu, o líder do partido sublinhou que a privatização dos CTT vai ter consequências, especialmente no interior do país onde irão encerrar postos de correio. "Se aquilo dava lucro, então privatizaram para quê? Para encher os bolsos ao capital, designadamente ao capital estrangeiro", apontou, aludindo ainda à empresa de resíduos sólidos e da água que também pretendem privatizar.


Na sua opinião, ao privatizarem as empresas nacionais que dão lucro, futuramente o país fica sem qualquer tipo de "alavanca estratégica". "Este é um problema sério com que os portugueses vão ser confrontados no futuro, porque depois sem alavancas fundamentais só há uma solução: carregar mais nos impostos, carregar mais nos direitos dos trabalhadores, nos salários, pensões e reformas", acrescentou.


Aos longo dos 25 minutos de discurso, o secretário-geral do PCP frisou que não é por acaso que "está previsto que até 2020 sejam sacados aos trabalhadores e reformados mais 7 mil milhões de euros de aplicação de austeridade". "Pode não se perceber nada de politica, mas há uma coisa que todos os portugueses percebem: assim não vamos lá".


Na sua opinião, o caminho que o Governo tem tomado está a conduzir o país para o seu afundamento, comprometendo o futuro de gerações. Para inverter o rumo do país, o líder comunista aponta que é necessário renegociar a dívida. "Como devedores também temos direitos de renegociar montantes e prazos", esclareceu, realçando ainda a necessidade do país produzir mais e criar mais riqueza.


"Temos um país com um povo de grande valor e recursos naturais tão valiosos. Na indústria e na agricultura também temos possibilidades imensas", sustentou. Jerónimo de Sousa defendeu também a necessidade de valorização dos salários, pensões e reformas. "Só conseguimos crescimento económico através da valorização dos salários, pensões e reformas", concluiu.


Diário Digital com Lusa

Bem-vindo à Terra


Leitura da nossa actual realidade

O Precariado

A nova classe perigosa
Sinopse: O termo «precariado» surge na década de 1980 através da combinação do adjetivo «precário» e do substantivo «proletariado». Designa uma classe emergente constituída por um número cada vez maior de pessoas que enfrentam vidas profissionais regidas pela insegurança. Movendo-se por entre trabalhos temporários que acrescentam pouco significado e sentimento de pertença e realização pessoal às suas vidas, os membros desta classe sentem-se frustrados e revoltados e, argumenta o autor, têm o potencial de provocar instabilidade na sociedade. Não sendo uma classe organizada, poderão deixar-se seduzir por correntes políticas extremistas.

O Precariado - A Nova Classe Perigosa é uma obra relevante e pertinente que faz uma análise sólida das características deste grupo e apresenta uma reflexão política e socioeconómica da nova ordem social global.

Citações
«Compre o livro de Guy Standing, O Precariado! Ou então, não hesite, peça-o emprestado!» | The Guardian

«Guy Standing mostra de forma convincente como a precariedade se está a tornar a nova normalidade nos mercados de trabalho globalizados e sugere importantes orientações para construir uma sociedade mais justa.»
Richard Hyman, London School of Economics, Reino Unido

«Um livro fundamental.» | Noam Chomsky
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Coleção: Sociedade Global
Nº na Coleção: 61
Data 1ª Edição: 16/09/2014
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-5301-4
Nº de Páginas: 352
Dimensões: 150x230mm

Peso: 398g

19 de setembro de 2014

"A transferência de rendimentos do trabalho para o capital"

Entre o início da crise financeira de 2007/2008 e o final de 2013 assistiu-se, em Portugal, a uma transferência de riqueza do factor trabalho para o capital de grandes proporções, indicam vários economistas.

Pedro Ramos, professor catedrático da Universidade de Coimbra e antigo director do departamento de contas nacionais do Instituto Nacional de Estatística (INE), fez os cálculos e apurou que o peso do trabalho por conta de outrem e por conta própria desceu de 53,2% do produto interno bruto em 2007 para 52,2% em 2013.

Já o excedente de exploração (rubrica que reflecte a remuneração do factor capital) - apesar da grave crise que se abateu sobre o Estado, os bancos e as pequenas e médias empresas - aumentou o peso na economia de 27,8% para 29,7% do PIB.

As rendas, que traduzem grosso modo o valor da remuneração do imobiliário, avançaram de 5,8% para 6,2%. Cálculos do Dinheiro Vivo com base naqueles dados, evidenciam que, em termos nominais, o factor trabalho (no qual até já está contabilizado o enorme aumento de impostos dos últimos anos) conseguiu perder 3,6 mil milhões de euros.

Já o excedente do capital engordou 2,6 mil milhões de euros. As contas do economista foram apresentadas em primeira mão, esta semana, no colóquio "A transferência de rendimentos do trabalho para o capital", organizado pelo Observatório sobre Crises e Alternativas, ligado à Universidade de Coimbra.

Nesse encontro, Pedro Ramos, especialista em contabilidade nacional, avançou com esta análise "pouco comum": o PIB na óptica dos rendimentos.

As abordagens normais publicadas pelo INE (ópticas da procura e da oferta) não permitem este tipo de análise mais fina. O objectivo, disse o ex-quadro do INE, é tentar dar pistas mais sólidas sobre o que já há muito se suspeitava: a crise, e em especial o programa de ajustamento da troika, permitiu extrair valor ao factor trabalho ao mesmo tempo que enriqueceu o capital.

"Estranho", um "fenómeno novo", referiu. "Sabemos que nas crises económicas as empresas têm prejuízos, as crises atingem os accionistas. Existe portanto perda de valor ao nível dos excedentes de exploração", observou o académico. Não foi o que aconteceu.

"É especialmente estranho que exista, nesta crise, um aumento do peso do excedente de exploração, rubrica que no fundo reflecte a remuneração do capital na economia", observou. Mais: também as rendas do imobiliário reforçaram o peso seja em proporção do PIB, sem em termos nominais. O ganho foi de quase 451 milhões entre 2007 e 2013


12 de setembro de 2014

Oh Costa,da tua janela consegues ver isto!?


Este é o estado em que se encontra o pavilhão Carlos Lopes,inaugurado em 1932 e encerrado em 2003 devido as más condições do edifício.Foi anunciada em 2008 a recuperação deste importante marco arquitectónico da cidade e sua transformação em museu do desporto. Até hoje nada. Continua a degradar-se. Parte do financiamento já esteve garantido, no entanto nada avançou. De quem será a responsabilidade pelo abandono desta reabilitação?



             Enquanto no futebol,podemos ver a incompetência ser bem recompensada:

       Dirigentes da FPF pagos a peso de ouro

Futebol, com subsídios do Estado, escapa à crise e ordenados sobem com o aumento do salário mínimo. Suplementos extra aumentam rendimentos.


O "Correio da Manhã" escreve que "os dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol são pagos a peso de ouro.

O presidente, Fernando Gomes, recebe 28 salários mínimos, mais subsídio de alojamento, o que perfaz cerca de 16 200 euros por mês. A este valor ainda acresce o pagamento das despesas e os quilómetros para deslocações. A verba que leva para casa está imune aos cortes porque se trata de uma entidade privada, ainda que receba subsídios do Estado. Usam, no entanto, as regras das empresas públicas: a indexação dos ordenados ao salário mínimo e o pagamento de um acréscimo de 20% no caso de residirem a mais de 100 quilómetros de Lisboa".

Segundo o jornal, "os salários milionários estendem-se a outros dirigentes da Federação e estão a causar bastante mal-estar entre os associados.

Os ordenados dos outros dirigentes são nivelados com base no salário de Fernando Gomes. No total, cada um dos três vice-presidentes - Humberto Coelho, Rui Manhoso e Carlos Coutada, aufere 9840 euros mensais, a que acresce uma série de extras como o pagamento de despesas de alimentação e quilómetros, uma vez que usam os carros pessoais ao serviço da Federação. O mesmo se passa com os três directores João Vieira Pinto, Pauleta e Pedro Dias, que levam para casa mensalmente 8150 euros".

11 de setembro de 2014

Revolução pacífica e silenciosa



Num outro contexto,bem diferente e mais actual,quem não se ajoelha aos grupos da elite ocidental (FMI,UE,USA,BCE),é Vladimir Putin:

Os banqueiros internacionais querem a cabeça de Putin, e eles têm $20,000,000,000 motivos dolorosos para tal. Uma recente revelação por parte duma fonte Francesa detalha o incrível golpe duplo que fez com que Rússia ganhasse $20 biliões no espaço de alguns dias, e recuperasse a maioria das acções nas maiores companhias de energia Russas que eram propriedade de investidores Americanos e Europeus ocidentais.

O facto dos donos da maior parte das acções da indústria energética Russa serem Europeus e Americanos significava que quase metade de todas as receitas da indústria do gás e do petróleo iam para os bolsos dos "tubarões" financeiros Ocidentais, e não para os cofres da Federação Russa, afirmou o comentador Francês.


No princípio da crise na Crimeia, o rublo começou a cair mas o Banco Central da Rússia nada fez para conter essa queda. Começaram a surgir rumores de que a Rússia simplesmente não tinha as reservas necessárias para suster o rublo.


Estes rumores e as declarações de Putin feitas com o propósito de apoiar a população Russa da Ucrânia levaram a uma queda nos preços das acções das companhias energéticas Russas; isto fez com que os "tubarões" se apressassem a vender as suas acções antes que elas perdessem todo o seu valor.


Putin esperou uma semana inteira, aparentemente não fazendo outra coisa senão sorrir durante as conferências de imprensa, (o que foi interpretado como alguém a tentar manter uma postura valente), mas quando as acções atingiram o ponto mais baixo, Putin deu instruções para que elas fossem rapidamente compradas dos donos Europeus e Americanos. Quando os "tubarões" se aperceberam que eles haviam sido enganados, era tarde demais: todas as acções já se encontravam em mãos Russas.


Não só Rússia ganhou $20 biliões em alguns poucos dias, como trouxe também para casa as quotas de mercado das suas indústrias. Agora, as receitas do petróleo e do gás ficarão na Rússia e não no estrangeiro, e o rublo foi restaurado sem que fosse necessário tocar nas reservas de ouro (para além do facto dos planos dos "tubarões" terem sido frustrados).


* * * * * * * 

Putin está muito longe de ser um democrata, mais longe ainda de ser um Cristão, para não falar no seu neo-conservadorismo altamente suspeito. Mas no entanto, uma coisa ele parece ter que o distingue da maioria dos líderes Europeus: ele quer o bem para a sua nação, e não quer que a Rússia seja mais uma vítima do império Rothschild (FMI, etc), tal como aconteceu com a Rússia durante a presidência de Ieltsin.

É precisamente por isso - ou também por isso - que a Rússia tem recebido um ódio especial por parte dos média Ocidentais (controlados pelas mesmas pessoas cujas acções foram compradas pelos Russos), que tentam com todas as suas forças usar a cultura (P---y Riot, activismo homoerótico, etc) para fazer na Rússia o que já foi feito na maior parte dos países da Europa Ocidental - isto é, destruir a sua espinha dorsal conservadora.


Resistir aos banqueiros internacionais é uma declaração de guerra (algo já demonstrado pela História) mas resta saber se o exército armado dos banqueiros internacionais (o exército americano) estará disposto a dar inicio a uma confronto bélico com a Rússia como forma de esmagar a petulância do seu líder de não deixar que financiadores estrangeiros lucrem com o sangue e suor dos Russos.


Por AriadnaTheokopoulos (via)

Fonte

9 de setembro de 2014

White Metal Cristão

            Video não aconselhável a mentes e ouvidos que sejam muito sensíveis :)

Um bom programa

                                                              Rentrée

O ex-presidente centrista Adriano Moreira, Jaime Gama, Marcelo Rebelo de Sousa, Jaime Nogueira Pinto e Miguel Esteves Cardoso participam na rentrée política do CDS-PP, reinventada num modelo «escola de quadros» para 150 jovens.

"O CDS, a partir de agora, fará as suas 'rentrées' com esta escola de quadros", disse à Lusa o vice-presidente do partido Diogo Feio, acerca da iniciativa que entre 11 e 14 de Setembro reunirá em Peniche "jovens quadros" entre os 16 e os 30 anos.


Os jovens, seleccionados por uma "comissão organizadora", participarão em "acções informativas e formativas sobre temas que têm a ver com a vida do país, como a Segurança Social, a Agricultura, a Economia, em que o CDS tem os seus ministros, e terão oportunidade de debater questões como o sistema bancário ou relações internacionais", contou Diogo Feio.


Além de todos os ministros centristas, participarão o presidente da comissão da reforma do IRC, Lobo Xavier, e da reforma do IRS, Rui Morais, num painel intitulado "Em defesa da reforma do IRS e do IRC".


O antigo presidente do CDS-PP e professor universitário Adriano Moreira estará presente no primeiro jantar-debate, no dia 11 de Setembro, sobre "a democracia cristã no Século XXI", fazendo a ligação aos 40 anos do partido, que este ano se assinalam.


O professor universitário Jaime Nogueira Pinto e o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, participam, com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, num painel sobre "Portugal e o mar: história, economia, ciência e futuro", no dia 12 de Setembro.


No mesmo dia, uma sessão intitulada "O que aconteceu aos bancos em Portugal e no mundo ocidental?" junta o presidente da Comissão Executiva do Banco Comercial Português, Nuno Amado, e o vice-presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos, o centrista Nuno Fernandes Thomaz.


O socialista Jaime Gama, ex-presidente da Assembleia da República, discutirá com o antigo presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa o papel do CDS "no sistema de alianças partidárias em Portugal", no jantar de sexta-feira, 12 de Setembro, o mesmo dia em que também decorre um debate sobre as "razões" para "acreditar" na paz entre Israel e a Palestina, com os respectivos embaixadores.


O escritor e jornalista Miguel Esteves Cardoso responde à pergunta "os conservadores são contemporâneos?" numa sessão a 13 de Setembro, dia que termina com um jantar sobre a Lei Fundamental, subordinado à questão "o prtblema está na Constituição ou na interpretação dela?", com o professor universitário Tiago Duarte.


No encerramento, no dia 14 de Setembro, intervém, além do presidente do partido e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o presidente da Juventude Popular, Miguel Pires da Silva.


A participação dos ministros centristas decorrerá ao ritmo de uma por dia, começando com o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, que discute política social e demografia em dois painéis distintos no dia 11.


A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, explicará no dia seguinte "como a terra e o mar se tornaram políticas 'cool'", participando o ministro da Economia, António Pires de Lima, em dois debates no dia 13, um com o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, outro em que se desafiam os jovens a sair da "zona de conforto" e serem empreendedores, com o empresário Albano Homem de Melo, da cadeia de hambúrgueres portuguesa H3.

8 de setembro de 2014

"Eu creio no Deus que fez os homens,e não no Deus que os homens fizeram"

                      Celebre ao Rei,pode acompanhar as emissões em direto aqui

ICMAV(sitio oficial-Igreja Cristã Manancial Àguas Vivas)

Icmav Igreja Cristã(página facebook)

Infelizmente,só tenho podido assistir às reuniões online,não me tem sido possivel marcar presença na igreja.Mas em breve,e se Deus quiser tornarei-me um crente activo da familia ICMAV,e passarei a marcar presença assiduamente na casa de Deus.

5 de setembro de 2014

Livrai-nos deles!?

             Próxima visita da troika será depois de entregue o Orçamento para 2015

-Dizia-me hoje um amigo,então não era suposto eles não entrarem cá mais,depois do resgaste ter sido concluído?

-Ao qual eu respondi-lhe:
Um país que andou anos a fio a viver acima das suas possibilidades,que não conseguia(ou não consegue)ter as contas em ordem.Que não tem uma economia que seja suficiente para se autosustentar,terá que ter sempre uma supervisão dos principais credores,e de outros estados membros mais fortes economicamente neste mundo cada vez mais globalizado!Temos é que arrumar a casa,trabalharmos mais,e sermos melhores a negociar(num sentido mais patriótico).

-Ele mete-se a pensar durante uns segundos e diz-me:
É deixar de lhes pedir dinheiro,não dependermos de ninguem e vivermos com os recursos que temos.

-Depois de um certo tempo a olhar para ele,lá lhe disse:
Ok a gente depois fala,vireis as costas e lá vim eu para casa a rir-me sozinho.

2 de setembro de 2014

Desportos de combate/balanço 2013/14

UM DIA JUVE LEO,JUVE LEO ATÉ MORRER!

Rapazes a espalhar classe desde 1976!Numa Curva cada vez mais,e bem unida:

«Na rua, no estádio, onde for; A defender o nosso grande amor.
No estrangeiro ou em Portugal; Somos a turma sem igual
Eu queeeero ver, a Turma de Alvalade a vencer!»


                    SPORTING...SEMPRE!

"Aquele que tem fé nunca está só"


     Luta & Resiste!
"O homem nasceu para lutar e a     sua vida é uma eterna batalha"
                             
                 "A fé é o instinto da acção"