O Presidente da República convidou a coligação PSD/CDS para formar governo. A opção foi para o lado de quem ganhou as eleições, ainda que a possibilidade de a coligação ter futuro esteja, desde já, posta de parte pela maioria de esquerda no parlamento. Ao PR não restava outra alternativa, visto o famigerado acordo à esquerda tardar em aparecer a público ou porque ainda não foi alcançado, ou porque é tão negro que convém esconder até ao último momento e até nunca revelar a sua totalidade. De um Governo PSD/CDS já sabemos o que podemos esperar, apesar das promessas de mudança divulgadas, mas com muito pouca vontade de as cumprir, como bons alunos que são.
Da manta de retalhos que é a alternativa de esquerda, vamos conhecendo as propostas a conta-gotas. Primeiro vieram as questões fracturantes, a adopção gay e por fim das ténues alterações à lei do aborto, como se fossem de primordial importância para os problemas que afligem os portugueses ou para a economia do país. É, no entanto, revelador das prioridades da esquerda, atacar primeiro a família, a vida e depois tratar de arranjar as condições para mais uma vida da Tróica. Esta semana soubemos, finalmente, mais algumas das propostas, muitas delas do agrado de todos nós. Quem não gostaria de ver a sua pensão reposta, o seu salário aumentado e o IVA a baixar? No entanto, ficámos sem saber onde vão arranjar dinheiro para tanta fartura, se pela via do aumento de impostos ou se mendigando mais dinheiro à UE, para depois acabarem ainda mais neo-liberais que os “não pagamos” do Syriza? Viver “à grande e à francesa” é fácil. Arranjar dinheiro para o fazer é que é difícil.
Uma coisa é certa! Vamos ter uma moção de censura ao Governo PSD/CDS a que se seguirá um Governo PS, refém e não apoiado pelo PCP/BE. Um governo que nos dá poucas garantias com os companheiros de viagem, a apoiá-lo durante a semana e fazer manifestações de protesto ao fim-de-semana. Um governo que tem de ceder à chantagem de comunistas e bloquistas, sob pena de não durar muito mais que o governo da coligação. Entre governos de alterne, o mais certo é termos eleições dentro de um ano, porque os políticos do sistema gostam é desse folclore.
Nesta encruzilhada em que se encontra o nosso país, qual o papel dos Nacionalistas?
Primeiro, não devemos ter medo do papão da esquerda; os tempos já não são os mesmos do PREC, a tropa fandanga já não os apoia (dizem as secretas, que a tropa e a Polícia estão a pôr os ovos noutra galinha, para desespero do sistema) e a base social de apoio já não é a mesma (dizem os politólogos e historiadores que, trabalhadores, operários e pequenos e médios empresários são a base eleitoral dos partidos nacionalistas, para desesperação do sistema) pelo que podem fazer e farão muitos estragos a nível económico e social, mas não têm forças para instaurar um clima de de terror como em 74, porque estão debilitados e atacados pelos vírus da burguesia decadente.
Depois, não devemos deixar de atacar a direita parlamentar, tão culpada da crise quanto a esquerda. Estas duas facções do materialismo são nossas inimigas e devem ser combatidas com todas as nossas forças.
Perante a iminência de ver o país morrer na fogueira ou no caldeirão, só podemos escolher a via do Nacionalismo, ou seja, morrer lutando, pela Pátria e pelo Povo.
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