> Balanço das Eleições Legislativas | Quase metade dos eleitores, abstiveram-se. Nos círculos da Emigração, a abstenção atingiu um record de 90%, o que levou inclusive à impugnacao de resultados. Um milhão e meio de idosos, os mais castigados por governações traumáticas, não foram votar. A Coligação PSD-CDS-PP venceu as eleições e manda a Constituição que quem vence forma Governo, independentemente de ser maioritário ou não. A coligação negativa que entretanto se formou, entre PS, BE e CDU, é no mínimo sinistra, tentando transformar uma derrota numa vitória. A CDU foi ultrapassada pelo BE, que recolheu os votos do mero protesto. A irresponsabilidade dos comunistas, ao afirmar que “o PS só não é Governo se não quiser”, e o desplante da bloquista Catarina Martins ao declarar que “o Governo está morto” geram apenas perplexidade. Esta visão retorcida, é uma subversão total dos resultados eleitorais. Este arranjo à posteriori, calculista, cínico e oportunista, é demonstrativo da mera ambição do poder pelo poder. António Costa, em 2009 disse que “quem vence eleições deve formar Governo”, mas agora, porque lhe convém, contradiz aquilo que disse. O dirigente socialista, que chegou a pedir uma maioria absoluta que o eleitorado não lhe atribuiu, perdeu em toda a linha e joga agora a sua sobrevivència política, arrastando o País ainda mais rapidamente para o caos. Ana Gomes, do PS, que chorou de raiva com a derrota do seu partido, dá uma reviravolta e chega mesmo a apelidar o Governo de “talibans ultraliberais”. Sérgio Sousa Pinto, entretanto, deixou o Secretariado Nacional do PS. Também Jorge Lacão, dirigente socialista, compara Francisco Assis, do mesmo partido, a “ortodoxos de origem cubana”. A Esquerda vai demostrando ser aquilo que sempre foi: um saco de gatos. E o PCP que, mascarado como CDU, se diz ser feito de “gente séria”, mostra que não tem seriedade nenhuma quando se trata do assalto ao tacho. Fica uma vez mais provado que a alternativa ao actual estado de coisas não está na esquerda utópica e cada vez menos séria, mas sim no PNR e no Nacionalismo Renovador. De salientar ainda que o partido Livre, por seu turno, carregado às costas pelos média, falhou a eleição de Rui Tavares, mas em contrapartida ficou cheio de dívidas. Ou seja, gastou o dinheiro que não tinha, e agora não sabe como vai pagar às gráficas, etc. – mais um grupo de gente de esquerda pouco séria, que brinca com os empregos dos outros. Por seu lado, parece que os animais passam a estar representados no Parlamento, com a eleição de um deputado do PAN. Talvez fosse interessante este partido solicitar aos seus votantes e militantes a organização de uma campanha de limpeza de resíduos de animais na cidade de Lisboa, que neste momento contribuem para um triste espectáculo de degradação. Este regime passou da comédia à alta comédia. Perante isto, pedir-se-ia prudência e sentido de Estado, mas isso é algo que já não existe para a classe de traidores e vendilhões que nos tem desgovernado.
> Presidenciais à vista: mais do mesmo | Marcelo Rebelo de Sousa finalmente confirma a candidatura à Presidência da República. O mesmo fez Maria de Belém Roseira, do PS, que no entanto se apresenta como independente. Ambos dizem estar imbuídos de um “imperativo patriótico”… O delirante Padre Vítor Melícias, que cada vez é menos católico, compara inclusive Maria de Belém Roseira a Joana D’Arc. Seria cómica se não fosse trágica, tal comparação. O PCP, por seu turno, em tempos visceralmente anti-católico, apoia a candidatura presidencial do ex-padre Edgar Dias, deputado regional na Madeira. Das duas, uma: ou o PCP se esquece da sua ideologia quando lhe convém, ou o senhor ex-padre nunca o foi de boa fé. O regime transformou-se efectivamente numa grande farsa. Nessa região autónoma, uma das regiões mais pobres do País, há 41 anos que é o mesmo partido, o PSD, que controla os destinos.
> Avante (novamente) com a política de terra queimada | Depois de um período de acalmia, os sindicalistas (ou anarco-sindicalistas?) da UGT e da CGTP estão de volta, ameaçando com nova onda de desestabilização laboral. Repetimos: as greves selvagens, por “dá cá aquela palha”, não são forma de proteger o emprego nem de incentivar a produtividade. Com tudo isto, as taxas de juro da dívida pública começaram já a subir, bem como foi adiada a entrega do Orçamento para 2016.
> A hipocrisia de Paulo Macedo | No mundo da hipocrisia, Paulo Macedo, ministro da Saúde, anuncia com pompa a integração de Portugal num fórum internacional da saúde, apresentado como a elite do sector. Enquanto isso, as queixas de utentes do Serviço Nacional de Saúde aumentaram 65% no último ano. Acrescem: saúde mental sem apoio, degradação da saúde e higiene pública, população minada de fármacos e por doenças oncológicas, diabetes, AVC’s a subir em flecha, todo o tipo de doenças raras nunca antes vistas, uma saúde oral péssima. O Hospital Amadora-Sintra é bem o espelho da degradação da assistência médica.
> Gestão danosa e fraudulenta da PT: que haja justiça! | Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Pacheco de Melo e Morais Pires, ex-adminstradores da PT, foram processados por prejuízos decorrentes da sua gestão, que ascendem a 850 milhões de euros, no âmbito do investimento ruinoso na Rioforte, com ligações ao antigo BES. Adianta-se a possibilidade de os gestores reporem o montante do prejuízo do seu próprio bolso. É preciso sobretudo que estes processos judiciais sejam consequentes!
> Gato escondido com o rabo de fora | Nos últimos tempos, o Tribunal de Contas publicou um conjunto de estudos e relatórios em que coloca a descoberto certos truques orçamentais e as debilidades da gestão financeira do Estado. O seu presidente, Guilherme de Oliveira Martins, de forma muito conveniente, abandona esta instituição e transita (leia-se, foge) para a administração da Fundação Gulbenkian.
> Por um investimento no turismo consequente e rentável | Portugal recebeu o ano passado, quinze milhões de turistas. Esta massificação, em muitos casos, está a tornar-se incómoda num país com dez milhões de habitantes. Porque esta actividade é um negócio como qualquer outro, somos pragmáticos: não importa o número de turistas, mas sim o valor médio do seu consumo. Termas, golfe, desportos de mar, turismo de habitação, congressos internacionais, produção cinematográfica, estes são alguns tipos de turismo estruturante de que Portugal precisa Uma área ainda subaproveitada, apesar das qualidades de excelência, são os recursos termais. A sua distribuição geográfica, de norte a sul, e a sua interioridade, permitem a criação de uma rede nacional de estâncias termais que fomentem o desenvolvimento local. Portugal tem um manancial de recursos inesgotáveis. Importa pois potenciar o seu rendimento, garantindo a sustentabilidade e qualidade. As principais estâncias termais de Portugal, Monção-Melgaço, Gerês, Vidago, Chaves, S. Pedro do Sul, Caldas da Rainha, Luso, Vimeiro, Curia, Vidago e Monchique, entre outras, carecem no imediato de promoção internacional em mercados mais selectivos.
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