O "Football Leaks" já ultrapassou há muito as "fronteiras" nacionais, tendo levado já mesmo à demissão do presidente do Twente. Em entrevista à EFE, citada pelo "Mundo Deportivo", o porta-voz explicou que a ideia inicial da criação do portal - que coincidiu com a "altura crítica do escândalo da FIFA", precisa - era "desmascarar as polémicas e mentiras do futebol português", mas rapidamente alargou o âmbito.
"Começámos a receber uma grande quantidade de documentos afetos a outros campeonatos e, principalmente, a fundos", avançou quem diz ter mais de "300 gigas de informação", "sem qualquer documento falsificado", e espera receber ainda mais contribuições.
O mesmo porta-voz sublinhou ainda que os fundos, presentes há anos nos negócios do futebol português e na América Latina, "parecem ser uma solução rentável mas, na realidade, mais cedo ou mais tarde os clubes acabam com a corda no pescoço". Mais: "É um vírus que, se não se eliminar a tempo, não terá cura. Esses fundos acabam por criar pressões ilegítimas às equipas".
Recorde-se que o presidente do Twente, Aldo van der Laan, se demitiu na sequência da polémica em relação aos documentos divulgados pelo Football Leaks que apontam para a ligação do clube ao fundo Doyen Sports. A Federação Holandesa de Futebol pediu esclarecimentos e o clube prometeu responder assim que possível, lamentando a "má imagem" que a situação trouxe ao emblema fundado em 1965.
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