É uma mesquita destinada à população muçulmana da zona, emigrantes que vivem e se reúnem naquele bairro. O que é muito estranho é que a construção da mesma mesquita vai custar ao contribuinte português cerca de três milhões de euros e implica a expropriação da residência e negócio de um cidadão português por quinhentos mil euros que poderão chegar a dois milhões, isto se um tribunal decidir a favor da justa indemnização pedida pelo Sr. António Barroso, proprietário do edifício a ser demolido, elevando assim o custo da obra para quatro milhões e meio de euros!
Num país cuja constituição se afirma laica e que consagra, no mesmo articulado, o direito à habitação e ao trabalho, esta expropriação revela um lado perfeitamente sinistro desta governação populista, demagógica e jacobina que hostiliza os valores de Portugal em prol de um chamado “multiculturalismo” e uma “tolerância” que não é mais nada do que estupidez. De facto, entregar 4,5 milhões de euros de bandeja a uma religião qualquer, num Estado laico, seria um escândalo, mas o escândalo ainda é maior tratando-se do islamismo.
Fazer política é fazer escolhas. Escolher uma mesquita contra a omissão e abandono da igreja de Santo António de Campolide, que foi roubada pelo estado português aos católicos de Campolide em 1910, dependendo hoje do ministério das finanças, é escolher a religião da discriminação das mulheres, da intolerância, do proselitismo, do obscurantismo e do medievalismo em lugar de melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos, é escolher entre destruir a vida de um cidadão pacato e trabalhador e de toda a sua família gastando milhões e milhões, de um orçamento escasso, com uma religião intolerante e que, pior, não precisa de dinheiro para construir mesquitas, uma vez que se pode financiar facilmente, em detrimento de conservar o património de todos.
Não se trata de uma questão de liberdade religiosa: os senhores muçulmanos têm toda a liberdade religiosa do mundo, podem rezar onde quiserem desde que não incomodem os outros e paguem a sua mesquita, como qualquer outra religião que queira construir um local de culto novo. Repare-se que conservar um templo antigo com interesse público, cultural e artístico, que é património de todos, não é o mesmo que construir um templo novo.
Se a Câmara de Lisboa quisesse construir uma igreja que custasse quatro milhões e meio, coisa que nos tempos que correm será mais difícil do que uma vaca voar, metáfora tão cara ao actual PS, cá estaríamos nós a protestar. Note-se que a nova igreja da Nossa Senhora dos Navegantes no Parque das Nações não teve qualquer apoio financeiro da edilidade lisboeta, e serve bem mais gente do que a putativa mesquita da Mouraria.
Mas, para um jacobino, tudo o que sirva para diminuir a Igreja Católica é bom.
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