Hoje, terça-feira, milhões de cidadãos dos Estados Unidos da América vão escolher quem desejam que seja nomeado como candidato republicano e como candidato democrático à Presidência da república mais poderosa do planeta.
A nomeação por um dos dois principais partidos dos EUA é literal- mente meio caminho andado para a Presidência, pois nenhuma outra organização no país tem o poder de fazer campanha em todos os 50 Estados da união americana. Todos os presidentes desde 1860 foram nomeados ou pelos republicanos ou pelos democratas, logo sabe-se que um dos dois nomeados será certamente Presidente dos Estados Unidos.
À data do fecho desta edição, Donald Trump, o controverso magnata do imobiliário, lidera a eleição primária republicana, com 81 delegados já garantidos, mais do que os dos seus adversários todos juntos. No entanto, precisa de 1.237 delegados para vencer a nomeação, logo esta ainda está longe de conquistada.
Os seus principais adversários são Rafael “Ted” Cruz, da ala religiosa e conservadora do Partido Republicano, e Marco Rubio, elemento mais moderado e apontado como favorito pelas figuras mais importantes do partido para ser a alternativa a Trump. Também na corrida está John Kasich, uma figura mais centrista, mas que não conseguiu conquistar um significativo apoio popular, e Ben Carson, o neurocirurgião que ficou conhecido pelas suas opiniões ultra-religiosas.
Donald Trump é considerado o grande agitador da corrida republi- cana. Algumas das suas propostas incluem a deportação de milhões de imigrantes hispânicos, a construção de um muro na vasta fronteira dos EUA com o México que, segundo o próprio, seria pago pelo Governo mexicano, e a aplicação de uma pesada taxa alfandegária sobre os produtos importados da China.
Apesar de os republicanos moderados discutirem frequentemente sobre como derrotar Trump, o cam- po moderado encontra-se dividido e enfraquecido por um enorme descontentamento popular com os políticos de carreira. O Congresso dos EUA tem uma taxa de aprovação extremamente baixa, entre os 9 e os 11 por cento. Os americanos consideram as baratas, os vendedores de carros usados, os exames à próstata, os engarrafamentos trânsito e os árbitros de futebol infinitamente mais agradáveis do que os legisladores em Washington. Segundo a conceituada empresa de estudos de opinião Rasmussen, 61 por cento dos norte-americanos consideram que os políticos de carreira são corruptos e que vendem o seu voto aos grupos de pressão.
Sem comentários:
Enviar um comentário