13 de junho de 2012

Mariza-Quinta da Regaleira-Sintra

                                   
Do "Cavaleiro Monge" ou "Do vale à montanha" ali se diz o seguinte: (...) "O "cavaleiro-monge" remete-nos à imagem dos cavaleiros templários - monges e simultâneamente soldados. O poema descreve um percurso iniciático, cheio de obstáculos, que o cavaleiro-monge e o cavalo de sombra percorrem. Mas ele diz: "caminham secretos", "sozinhos", "em mim". Ou seja, reforça-se que Pessoa fala de um rito de iniciação, de um caminho, de o acesso a uma verdade vedada ao comum dos mortais. É o conhecimento absoluto, verdade secreta guardada pelos iniciados, porque apenas por eles pode ser compreendida e aceite. Lembre-se que o percurso é uma fase essencial do processo esotérico - as referências ocultas referem sempre o "processo da obra" ou "os passos da obra", referindo-se à maneira como os elementos são processados pela alquimia, na busca final do ouro espiritual. Tudo são simbolos e os elementos neste caso é a própria alma do poeta. Pensamos que Pessoa tem de Deus uma noção quase objectiva, à semelhança dos gnósticos. Pessoa acredita no acesso a Deus, iniciando-se nos seus mistérioe e não o vê feito de um elemento diferente do elemento humano, apenas superior, mais espiritual, avançado. Em resumo diriamos que o poema "Do vale à Montanha" representa mais um passo no conhecimento oculto de Fernando Pessoa e deve ser lido em conjunto com os outros poema esotéricos. Citando alguns: "Além-Deus", Os Passos da Cruz", "Á sombra do monte Abiegno", "Magnificat" "(...).

                                           

                                         Passos de Pessoa

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