23 de janeiro de 2015

Paz à Sua Alma!

É com profundo pesar que informamos que faleceu hoje, sexta-feira, o nosso Associado Miguel Galvão Teles. Ex-dirigente do nosso Clube, Miguel Galvão Teles foi Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting Clube de Portugal, durante dez anos, sendo posteriormente membro do Conselho Leonino.

O Sporting Clube de Portugal apresenta aos familiares e amigos do nosso Sócio Miguel Galvão Teles os mais sentidos pêsames.

O corpo irá hoje às 18h30 para a Basílica da Estrela, sendo a missa de corpo presente, celebrada amanhã (sábado), às 16h30, seguindo depois o cortejo fúnebre para o Cemitério do Alto de São João.

http://www.sporting.pt/

22 de janeiro de 2015

Não Recuarei,Nada Temerei,Comigo está o Senhor


"Precisamos sem falta...

De um exército pacífico e unido que acredite no valor das pequenas coisas.

De mais corações desarmados, num mundo cheio de guerra.

De almas magnânimas, nesta sociedade interesseira.

De espíritos fortes, neste século de medíocres.

De mais obreiros e de menos pessoas que critiquem.

De mais cidadãos que digam: "vou fazer algo" e de menos cidadãos que afirmem: "é impossível".

De mais amigos que arregacem as mangas connosco, e de menos demolidores que só apontam defeitos.

De mais gente acenando esperança, e de menos frustrados e vencidos pelo desânimo.

De mais personalidades que perseverem e de menos colegas que começam e nunca acabam.

De rostos mais sorridentes e de frontes menos anuviadas.

De companheiros pisando firme o chão da realidade, e de menos sonhadores pendurados nas nuvens da ilusão"

Agenda

UMEK nascido 1976, começou a sua aventura na música electrónica em 1993, na Eslóvenia onde revolucionou a musica electronica no seu país. É considerado dos melhores DJs do mundo para muitos, como tal a LORDS OF TECHNO decidiu convidá-lo para que os seus fans possam usufruir do melhor techno!!
Para fazerem parte deste line up convidamos as pratas da casa KENNY e DJ MISS PINK que nos surpreendem sempre com um som arrebatador de fazer vibrar as paredes que nos rodeiam!

LINE UP

◥ UMEK
www.facebook.com/umek
soundcloud.com/umek]
www.youtube.com/user/futuristing]

◥ KENNY
www.facebook.com/KENNYakaJP

◥ DJ MISS PINK
www.facebook.com/misspinkdj

◥ THE OUTSIDER



◥ Pré-Venda com RPs oficiais

1ª Fase até dia 31 Janeiro: 13e s/bebida ( Limitada a 200 Pulseiras)

2ª Fase até dia 15 Fevereiro: 16e s/bebida ( Limitada a 300 Pulseiras)

3ª Fase até dia 27 Fevereiro: 18e s/bebida

Porta: 20e s/bebida

◥RPs Oficiais

ANDJI PERES Margem sul / Lisboa
912009272 | 960108343
www.facebook.com/andji.peres

SÜH FERREIRA Lisboa / Loures
918337958
www.facebook.com/suhferreira

RAQUEL ARAÚJO Loures / Lisboa
964662492
www.facebook.com/raquel.araujo.9678

SEREJO ISA Amadora/ Cascais
967231492
www.facebook.com/isa.serejo

SANDRINHA SAMI Sintra
962792921
www.facebook.com/Sandriinhaa

CATIA ANDRADE Sintra
919757763 919757763
www.facebook.com/catia.andrade.524

NUNO LAUREANO Odivelas/ Loures
933683016
www.facebook.com/nunoantoniolaureano.duarte

SUSANA MATEUS Cascais/ Lumiar
967460455
www.facebook.com/susana.mateus.125

TANIA SHIVALUX Margem Sul/Lisboa
961382133
www.facebook.com/tania.chaves.710


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Lords OfTechno

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15 de janeiro de 2015

Em memória dos que pagaram com sangue o preço da liberdade e da soberania

600 Anos da conquista de Ceuta e outras datas com História


“A Expansão Ultramarina de Portugal começou há 600 anos, com a conquista de Ceuta”
Entre centenários e aniversários redondos, 2015 vai ser o ano de comemorações para todos os gostos, de factos e personalidades que marcaram Portugal e o mundo ao longo dos séculos. Uma oportunidade para lembrar que a maior lição da história é que… os homens não aprendem com as lições da história.
600 anos da conquista de Ceuta
“E assim, não tendo a quem vencer na terra,/Vai cometer as ondas do Oceano./ Este é o primeiro Rei que se desterra/ Da pátria, por fazer que o Africano/ Conheça, pelas armas, quanto excede/ A lei de Cristo à lei de Mafamede.” (Os Lusíadas, canto IV, est. 48).
Por muitos engulhos que causem à brigada do politicamente correcto, estes versos de Camões consagram o acto fundador do momento mais alto da quase milenar História de Portugal: a Expansão Ultramarina.
A 22 de Agosto de 1415, faz este ano seis séculos, uma frota de duas centenas de navios fez desembarcar no Norte de África cerca de 20 mil portugueses que rapidamente tomaram a cidade.
Importante entreposto comercial muçulmano, Ceuta foi escolhida como alvo não só pela sua riqueza – tanto em especiarias vindas do Oriente como em cereais produzidos nos arredores – mas também pela sua situação estratégica: porto na margem africana do Estreito de Gibraltar, na confluência do Oceano Atlântico com o Mar Mediterrâneo.
À frente da expedição estavam o rei D. João I, o príncipe herdeiro, D. Duarte, os infantes D. Pedro e D. Henrique, e o condestável D. Nuno Álvares Pereira, que interrompeu o recolhimento a que se entregara como monge no Convento do Carmo – onde tomou o nome pelo qual hoje é venerado nos altares: S. Nuno de Santa Maria – de propósito para estar presente no dia 1 da Expansão.
Treze dias depois da vitória, D. João I, os príncipes (que tinham sido armados cavaleiros logo a seguir ao combate) e o condestável, acompanhados pelo grosso do exército e da armada, voltaram a Lisboa. Como governador da cidade ficou D. Pedro de Meneses, conde de Viana.
Ceuta foi o ponto de partida para as conquistas no Norte de África e para o início das viagens das Descobertas no Atlântico, que permitiram aos mareantes portugueses reconhecer a costa africana e, menos de um século depois, a chegar à Índia.
500 anos da morte de Afonso de Albuquerque
Afonso de AlbuquerqueLá mais para o fim do ano, a 16 de Dezembro, passam cinco séculos sobre a morte do “Terrível”: “Albuquerque terribil”, um daqueles “em quem poder não teve a morte”, como lhe chamou Camões (Os Lusíadas, canto I, est. 14).
Afonso de Albuquerque foi o principal construtor do Estado Português da Índia. Nomeado governador em 1509, conquistou Goa, onde instalou a capital, em 1510, Malaca em 1511 e Ormuz em 1515, fazendo do Oceano Índico um “mar português”.
Famosa ficou a sua resposta dirigida aos enviados do Xá da Pérsia que lhe exigiam o pagamento de um tributo após a conquista de Ormuz: “Mandou trazer das naus pelouros de bombardas, bestas, e espingardas, e bombas de fogo: e que dissesse ao rei, que mandasse tudo aquillo ao capitão do xeque Ismael, porque aquela era a moeda, em que el-rei de Portugal mandava aos seus capitães, que lhe pagassem as pareas daquele reino, que estava debaixo do seu senhorio, e mando.”
Afonso de Albuquerque organizou a administração da Índia portuguesa, tendo incentivado o casamento de portugueses com nobres indianas. Foi ainda ele quem rompeu com a brutal tradição local que obrigava a matar as viúvas nas piras funerárias dos maridos.
Chegado à barra de Goa, no regresso de Ormuz, recebeu a informação de que fora substituído no governo da Índia por Lopo Soares de Albergaria, seu velho inimigo.
Escreveu ao rei D. Manuel I: “Mal com os homens por amor del Rei, e mal com El Rei por amor dos homens, bom é acabar.” E morreu.
200 anos da batalha de Waterloo
waterloo copy
No dia 18 de Junho assinalam-se 200 anos sobre a batalha que marcou o fim da aventura napoleónica. Regressado do exílio na ilha de Elba com uma escolta armada insignificante, Napoleão usou o seu carisma pessoal para converter o exército enviado para o capturar ou abater.
Dias depois entrava em Paris para voltar a sentar-se no trono instalado no palácio das Tulherias, abandonado à pressa pelo rei Luís XVIII, que correu a abrigar-se sob a asa protectora da Inglaterra e da Prússia, que poucos meses antes tinham patrocinado a Restauração da monarquia borbónica.
No período que ficou conhecido como os Cem Dias, apesar de ter promulgado uma Constituição liberal e tentado uma aproximação pacífica aos vizinhos, Bonaparte viu-se confrontado pela 7ª Coligação – e arriscou um ataque preventivo. Avançou sobre a Bélgica, tentando derrotar as tropas britânicas antes da chegada dos reforços prussianos.
O recontro deu-se em Waterloo, onde o duque de Welington, que já vencera os franceses em Portugal, conseguiu manter a supremacia britânica. A chegada do prussiano Blücher foi o toque a finados para Bonaparte, que perdeu pela segunda e última vez a coroa imperial francesa.
Bismarck nasceu há dois séculos
bismarkDois meses e meio antes da batalha de Waterloo, a 1 de Abril de 1815, Otto von Bismarck nasceu em Schönhausen, na Saxónia, numa família da nobreza prussiana. Ao contrário de muitos jovens jünkers como ele, Bismarck não seguiu a carreira das armas, mas cedo se distinguiu na política e na administração.
Marcou posição contra os revolucionários de 1848 e, em 1862, foi nomeado ministro-presidente da Prússia pelo rei Guilherme I.
Desde esse momento a sua preocupação foi conseguir a unificação da Alemanha sob a hegemonia prussiana. Traçado o objectivo estratégico, seguiu-o com precisão cirúrgica. Em 1864, derrotou a Dinamarca com o apoio da Áustria, anexando à Prússia os ducados de Schleswig e Holstein. Logo em 1866, voltou-se contra o antigo aliado e derrotou a Áustria na batalha de Königsberg (Sadowa), tornado-se a potência dominante entre os estados de língua alemã. Por fim, conduziu a Prússia à vitória na Guerra Franco-Prussiana de 1870, capturando Napoleão III.
A 18 de Janeiro de 1871, no palácio de Versalhes, coração da França derrotada, o próprio Bismarck proclamou o 2º Reich (considerando que o primeiro fora o Sacro Império Romano-Germânico dos sucessores de Carlos Magno). A Alemanha estava unificada e ele era o chefe do governo do novo império.
Nos anos seguintes, o “Chanceler de Ferro”, como ficou conhecido, deu cartas na política europeia, sobretudo no Congresso de Berlim de 1878, que reorganizou os Balcãs, e na Conferência de Berlim de 1884-1885, onde ficou decidida a partilha de África pelas potências europeias.
125 anos do Ultimato
ultimato ingles copyA 11 de Janeiro de 1890, faz esta semana 125 anos, o governo inglês chefiado por Lord Salisbury entregou ao embaixador de Portugal em Londres, Luís de Soveral, um Ultimato exigindo a retirada das tropas portuguesas dos territórios entre Angola e Moçambique incluídos no Mapa Cor-de-Rosa.
A ligação entre as duas grandes possessões portuguesas nas duas costas de África colidia com o projecto do africanista britânico Cecil Rhodes que ambicionava unir o Cabo (na África do Sul) ao Cairo (no Egipto) à sombra da “Union Jack”.
Sem cuidar de saber a quem cabia a força da razão, os ingleses apressaram-se a fazer valer a razão da força, ameaçando com a guerra se o governo português não cumprisse as exigências. Impotente para resistir, Portugal cedeu.
O Ultimato marcou o início do reinado de D. Carlos e deu um forte impulso à propaganda republicana.
Os 100 anos do “14 de Maio”
Afonso Costa
Afonso Costa
Foi uma das mais sangrentas revoltas da I República. A 14 de Maio de 1915, a “formiga branca”, braço armado do Partido Democrático de Afonso Costa, encabeçou o golpe que derrubou o governo do general Pimenta de Castro e forçou a renúncia do primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga.
Perante as manobras autoritárias de Afonso Costa, o Presidente chamara ao governo Pimenta de Castro que, perante a inflexibilidade das pretensões hegemónicas dos “democráticos”, encerrou o Parlamento.
Afonso Costa promoveu uma reunião dos deputados no Palácio da Mitra, onde, num dos seus habituais gestos teatrais, declarou o Governo “fora da lei”. E deu ordem à milícia do partido, a “formiga branca”, para passar a acção.
Os democráticos recuperaram o poder pela força, à custa de centenas de mortos nas ruas de Lisboa.
Há 70 anos, a bomba atómica e o fim da Segunda Guerra Mundial
Nagasaki BombaSete décadas depois, o mundo fará bem em parar para reflectir sobre a tragédia que traçou o rumo da História do nosso tempo. A 30 de Abril de 1945, com as defesas de Berlim obliteradas pelo rolo compressor do exército vermelho, Hitler suicidou-se e dias depois, a 8 de Maio, a Alemanha capitulou.
Mas a guerra continuou no Pacífico até que Truman, pressionado pela resistência dos japoneses à medida que a ofensiva aliada se aproximava do arquipélago – que ameaçava fazer prolongar a guerra durante anos, com a perda de centenas de milhares de vidas americanas – decidiu usar a arma atómica.
A destruição de Hiroxima e Nagasáqui levou à rendição do imperador Hirohito.
Portugal pluricontinental acabou há 40 anos
BANDEIRALUANDA1975 não foi só o PREC e o fim da “macacada” no 25 de Novembro. Para a História ficou sobretudo o fim de um império ultramarino com cinco séculos, marcado pela convivência entre portugueses de várias raças e credos, do Minho a Timor.
A “descolonização”, isto é, a entrega das províncias ultramarinas portuguesas a grupos armados teleguiados do estrangeiro (os “movimentos de libertação” que tanto jeito deram aos dois lados da guerra fria) ficou como a principal mancha da pesada herança do golpe militar de Abril do ano anterior.
O fim da guerra do Vietname
050516-M-3509K-001Também há quatro décadas, em Abril de 1975, acabava a guerra do Vietname, antecedida poucos dias pela entrada ameaçadora dos guerrilheiros Khmer Vermelhos em Phnom Penh, a capital do Camboja. A demência assassina do comunismo na versão de Pol Pot provocou o genocídio de dois milhões de cambojanos no holocausto dos arrozais da morte.
No vizinho Vietname, a seguir à fuga dos americanos do tecto da embaixada em Saigão, a ditadura dos discípulos de Ho Chi Minh também foi brutal. Embora mais refinada: os vietnamitas chegaram a invadir o Camboja, com a desculpa de acabar com a paranoia de Pol Pot.
Em ambos os países, o comunismo acabou por cair com a implosão do império soviético.

14 de janeiro de 2015

Palhaçada!

Uma das maiores editoras do mundo baniu os porcos para não ofender muçulmanos e judeus

Nem porcos, nem salsichas. O animal e as palavras que dele derivam foram proibidos pela Oxford University Press. Mas nem os judeus nem os muçulmanos, supostamente abrangidos pela medida, a entendem.
O "Spider Pig", dos Simpsons, também não pode aparecer nas publicações
A Oxford University Press, uma das maiores editoras do mundo, começou a avisar os autores de livros escolares para banirem a palavra “porco” ou qualquer referência ao animal, como por exemplo salsichas. O objetivo é não ofender judeus e muçulmanos, já que para ambas as religiões o porco é considerado um animal impuro.
A revelação foi feita pelo jornalista Jim Naughtie na BBC, durante uma discussão sobre a liberdade de expressão, na sequência do ataque ao Charlie Hebdo, em Paris. Casado com a escritora Eleanor Updale, Jim Naughtie contouque a Oxford University Press enviou uma carta aos autores de livros infantis com algumas diretrizes, entre as quais a proibição de usar a palavra “porcos”, ou outras referências que façam alusão ao animal.
“Bem, se uma editora respeitável ligada a uma instituição académica [Universidade de Oxford] está a dizer que temos de escrever um livro sem que possamos mencionar porcos porque algumas pessoas podem ofender-se, é simplesmente ridículo. É uma piada”, disse Jim Naughtie.
O deputado muçulmano do Partido Trabalhista do Reino Unido, Khalid Mahmood, mostrou-se contra a orientação. “Discordo em absoluto. É um perfeito disparate. E quando as pessoas vão longe demais, toda a discussão cai em descrédito”, disse ao Daily Mail. O líder do Conselho de Liderança Judaica também reagiu: “As leis judaicas proíbem comer porco, não a menção da palavra, ou o animal do qual deriva”, disse um porta-voz.
A Oxford University Press reagiu através de um curto comunicado. “Os nossos materiais são vendidos em quase 200 países e, como tal, sem comprometer de forma alguma o nosso compromisso, encorajamos alguns autores de materiais educativos a considerar de forma respeitosa as diferenças culturais e as sensibilidades”. E acrescentam: “As orientações para os nossos materiais educativos diferem entre regiões geográficas e não cobrem as nossas publicações académicas”.
Se a medida se mantiver, as crianças que lerem os livros da editora britânica vão ficar sem saber quem é a “Miss Piggy” ou “Os Três Porquinhos”, nem vão saber o que são salsichas ou costeletas.

11 de janeiro de 2015

There's only one SPORTING!

"Do Presidente, ao Director, ao Treinador, nós queremos união, nós queremos união/ Do mais velho ao mais novo jogador, instinto campeão, instinto campeão/ Com o poder da nossa voz, tu vais vencer, tu vais vencer por nós!"

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10 de janeiro de 2015

«Tintin não é só Tintin.É muito mais»

Para assinalar os 86 anos da obra de Hergé, a TVI24 foi falar com fãs e colecionadores portugueses

Já lá vão mais de oito décadas de existência. Aquele que é, muito provavelmente, o repórter mais conhecido do mundo, assinala este sábado mais um aniversário, com a certeza de que continua a seruma das figuras maiores da banda de desenhada. Tintin faz 86 anos, mas continua tão jovem como surgiu ao mundo, em 1929.

«Tintin não é só Tintin. É muito mais. É toda uma galeria de personagens que vamos conhecendo e compreendendo», afirma Alberto Gonçalves.

Livraria Timtimportimtim: Foto: timtimportimtim.com.sapo.pt

Alberto Gonçalves, portuense, 56 anos e «tintinófilo» assumido. Proprietário de uma livraria de banda desenhada na cidade invicta, a Timtimportimtimexplica à TVI24 que começou a ser fã de Tintin quando ainda nem sabia ler e recorda aquele que foi o seu primeiro livro da saga.
«O primeiro livro que tive do Tintin foi o «Tesouro de Rackam, o Terrível». A minha mãe deu-mo numa ida à Confiança, em Lisboa.»
Estes foram os primeiros de muitos quadradinhos que Alberto devorou com afinco. Recorda que comprou a revista das aventuras do repórter desde a primeira à última edição e descreve a ansiedade que vivia, na altura, antes de ir às bancas comprar um novo número.
«Esperava ansiosamente pela sexta-feira para comprar a revista. Formamos mesmo um grupo de leitura, Votávamos nas melhores histórias e dissertávamos sobre o desenrolar das histórias. Mas o mais entusiasta era mesmo eu», admite.
Livraria Timtimportimtim (Foto: Alberto Gonçalves)
Livraria Timtimportimtim, Foto: Alberto Gonçalves

A paixão pelas aventuras de Tintin, sempre acompanhado pelo seu fox terrier, Milu, atravessa o país. Vários quilómetros mais a sul, em Lisboa, a TVI24 encontrou outro «tintinófilo» que também começou a interessar-se pela saga desde tenra idade.

António Monteiro, de 63 anos, indica alguns dos motivos que fazem de Tintin uma obra especial: « os argumentos, quase todos bem urdidos enquanto histórias de aventuras, a variedade de tópicos tratados - do tráfico de estupefacientes à espionagem industrial, da conquista espacial à exploração submarina -, a galeria de personagensa utilização do humor.»
«Em jovem, não tinha propriamente um grupo com quem partilhar o gosto pela banda desenhada, mas tornei-me membro da associação internacional Amis de Hergé, sediada na Bélgica», revela.
Hoje, porém, a história é bem diferente: António integra um grupo de fãs de Tintin que conta com perto de três dezenas de membros.

Além da admiração que nutrem pela obra de Hergé, estes «tintinófilos» partilham ainda o gosto pelocolecionismo, possuindo várias peças, muitas verdadeiras raridades, relacionadas com Tintin.Livros, revistas, réplicas das personagens... é possível encontrar um pouco de tudo nas coleções destes fãs. 

O grupo até se reúne algumas vezes por ano para partilhar ideias sobre os vários temas e questões que as histórias do herói colocam.
«Para além destes encontros, o grupo está em contacto permanente por via electrónica, trocando informações e comentários de toda a ordem sobre os temas pertinentes», destaca.

Coleção de António Monteiro, Foto: António Monteiro

Alberto e António são apenas dois exemplos que atestam a estreita ligação dos portugueses com a obra criada por Hergé, pseudónimo do belga Georges Rémi. Uma aventura que começou poucos anos depois de as primeiras publicações terem surgido em França e na Suíça. Mais do que isso, Portugal foi mesmo o primeiro país a internacionalizar Tintin.

O início desta relação remonta aos anos 30 e leva-nos até ao padre Abel Varzim. Quando estudava Sociologia na Universidade de Lovaina, na Bélgica, o sacerdote entrou em contacto com a obra de Hergé, comprou os direitos e vendeu-os aos responsáveis pela revista juvenil da Rádio Renascença, «Papagaio», dirigida por Adolfo Simões Muller.

Estávamos a 15 de abril de 1936 quando «As Aventuras de Tintin na América do Norte» foi a primeira das histórias publicadas. Pela primeira vez, o repórter ruivo falava outra língua que não o francês ou o flamengo. E também pela primeira vez a obra era publicada a cores - só nos anos 40 é que começou a ser feita a coloração das aventuras.

Mas se os portugueses receberam com afeição as peripécias de Tintin, Hergé também parece ter correspondido a este entusiasmo, na medida em que até criou personagens que falavam a língua de Camões.

O Senhor de Oliveira da Figueira é uma das personagens mais caricatas que se cruza com Tintin. Trata-se de um comerciante que vende frigoríficos a pessoas que não têm eletricidade e carros de bebés a pessoas que não têm bebés.


Coleção de Daniel Sasportes (Foto: Daniel Sasportes)

Mas agora, com tantas redes sociais, consolas, smartphones, tablets e tantas outras ferramentas tecnológicas que dominam as rotinas, sobretudo as dos jovens,  os quadradinhos tradicionais de Tintin ainda despertam o interesse das gerações mais novas?
«O Tintin ainda hoje cativa jovens leitores. É por excelência o herói do século XX. Acredito que terá um lugar ao lado dos grandes clássicos juvenis como D’Artagnan, Zorro, Ilha do Tesouro, Moby Dick, os romances de Júlio Verne... Todos eles com mais de 150 anos», afirma Alberto Gonçalves.

António Monteiro partilha da mesma opinião e até refere um exemplo concreto.
«Numa iniciativa que organizámos em meados de 2014 e durante a qual tivemos oportunidade de levar cerca de uma centena e meia de crianças (de 5 a 12 anos, na sua maioria) a visitar uma exposição sobre a obra de Hergé, e até a participar num concurso de desenhos inspirados nela, foi possível verificar que as aventuras de Tintin eram bem conhecidas e apreciadas por muitas delas.»


Coleção de Mário Marques (Foto: Mário Marques)

Mais de 20 álbuns de aventuras, traduzidos em 77 línguas, que já venderam mais de 230 milhões de exemplares em todo o mundo. Uma das referências da literatura infanto-juvenil, que ainda hoje continua a atravessar e a unir gerações. Parabéns, Tintin! 

8 de janeiro de 2015

"O terrorismo é a guerra do pobre e a guerra é o terrorismo do rico."



ENCOBERTO PELA NOITE
ELE COLOCA A SUA BOMBA
E NA LUTA DAS IDEIAS
MAIS UMA CRIANÇA TOMBA
A CAUSA PODE SER JUSTA
QUEM É QUE PODE JULGAR?
SE OS MEIOS SÃO COVARDES
É UM CRIME APOIAR

TERRORISTA URBANO
SEMEIA CAOS E CONFUSÃO
TERRORISTA URBANO
E A VITIMA CAI NO CHÃO
(UMA BOMBA E UM CAIXÃO)

UMA BALA DISPARADA
POR UM SNIPER ESCONDIDO
UMA MULHER QUE CHORA
O FAMILIAR JÁ PERDIDO
O TERRORISTA URBANO
NÃO TEM DÓ NA SUA MISSÃO
JULGA-SE HEROI ROMANTICO
MAS NÃO PASSA DE UM CABRÃO

AS IDEIAS FEITAS ARMAS
NUM ACTO SEM COMPAIXÃO
COM QUE MEIOS PRA QUE FIM?
TEU TERROR NÃO TEM PERDÃO
E AS BOMBAS QUE COLOCAS
NO MEIO DA MULTIDÃO
APENAS TRAZEM A DOR
O CAOS E A CONFUSÃO

Je suis,somos todos,Charlie

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

PCP condena atentado em Paris

O PCP condena firmemente o atentado ocorrido em Paris na sede do Jornal Charlie Hebdo e expressa a sua consternação e solidariedade ao povo francês.
O PCP salienta que crimes desta natureza não podem ser desligados de uma situação internacional marcada por ingerências e agressões contra Estados soberanos, através da instigação de conflitos religiosos e étnicos e da promoção de forças de extrema-direita, xenófobas e fascistas. Uma realidade que é acompanhada por políticas que aumentam a exploração e a exclusão social, nomeadamente nos países da União Europeia.
O PCP chama a atenção para os perigos de instrumentalização de genuínos sentimentos de indignação para intensificar medidas de cariz securitário que agridem direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e para promover sentimentos racistas e xenófobos que têm alimentado o crescimento da extrema-direita e do fascismo na Europa.
O PCP insiste que o combate a tais crimes exige uma inversão de políticas, quer de âmbito económico e social, quer de relacionamento internacional entre Estados. Exige o fim do apoio político, financeiro e militar dado pelos EUA e países da União Europeia a grupos que espalham o terror e a destruição, nomeadamente no Médio Oriente, bem como o desenvolvimento de políticas de paz e cooperação respeitadoras do direito internacional, da soberania dos povos, da liberdade e da democracia.

6 de janeiro de 2015

Ficção,estupidez,ou previsões que se podem tornar realidade

O livro em que Houellebecq imagina uma França submetida à sharia chega amanhã às livrarias do país

O enredo do novo livro do enfant terrible da literatura francesa conta com um presidente muçulmano à frente dos destinos da França. Autor é acusado de xenofobia e racismo.
Em 2001, Houellebecq disse que "o Islão é a mais estúpida das religiões"
Milhares de alemães nas ruas de Dresden para, todas as segundas-feiras, se manifestarem contra o que consideram a “Islamização do Ocidente”. Sondagens em França a darem vitória na primeira volta das eleições presidenciais, em 2017, a Marine Le Pen, a líder do partido de extrema-direita Frente Nacional e vencedora das últimas eleições europeias que quer travar a “Islamização da França”. É neste contexto que chega às bancas, na próxima quarta-feira, dia 7 de janeiro, o novo livro de Michel Houllebecq, o enfant terrible da literatura francesa que, desta vez, decidiu imaginar uma França verdadeiramente islamizada e submetida ao Islão, na sequência da eleição de um presidente muçulmano. O livro – Soumission - ainda só esteve nas mãos de poucos críticos, mas a polémica que promete esperá-lo está já acesa. Começando logo pelo título, que pode ser lido como uma das traduções possíveis para a palavra Islão, que em árabe significa submissão à palavra de Alá.
O editor da revista francesa Libération, Laurent Joffrin, leu o livro e foi acutilante. “[A publicação deste romance] vai ficar para a história como o dia em que as teses de extrema-direita regressaram à esfera superior da literatura.” E não ficou por aí, acrescentando que Soumission faz as “ideias da Frente Nacional parecerem nobres”. A revista Les Inrockuptibles diz que o enredo “vira a sociedade ao contrário”.
2022. François Hollande cumpriu o segundo mandato como presidente da França e recandidata-se a um terceiro. Na primeira volta das eleições é derrotado pelo candidato da Frente Nacional e… por Mohammed Ben Abbes, candidato da Fraternidade Muçulmana, um partido islâmico francês (e imaginário). Para impedir a vitória da Frente Nacional, tanto os socialistas como a UMP, partido de centro-direita de Sarkozy, dão apoio à Fraternidade Muçulmana. E é assim que Mohamed Ben Abbes, um muçulmano, é eleito para o Eliseu, impondo a Sharia – lei islâmica – em França.
Houllebecq imaginou este ponto de partida e continuou a imaginar e a descrever uma França islamizada, recorrendo a um narrador professor de literatura, de 44 anos, alcoólico e insatisfeito com a sua vida sexual, que acaba por ser despedido da Universidade Islâmica Sorbonne-Paris, que apenas aceita professores muçulmanos. E aquilo que este professor vê é um país com uma baixíssima taxa de desemprego (as mulheres são encorajadas a abandonar o mercado de trabalho para se concentrarem na família), pouco crime nas ruas e escolas islâmicas. As conversões ao Islão aumentam, o que, de acordo com o narrador, conduz à morte da liberdade de pensamento e do espírito crítico. Este professor resiste durante algum tempo a “colaborar” com a nova ordem política e social, mas acaba também ele por se converter. Isto porque lhe é prometido um salário mensal de 10 mil euros e a possibilidade de ter três mulheres. Na França de Mohamed Ben Abbes, a poligamia é legal.
Houellebecq saltou para a ribalta – e para o centro da polémica literária – aquando da publicação do seu segundo romance – As Partículas Elementares(1998) – no qual critica os revolucionários que fizeram o Maio de 68. O autor, que tem sido acusado de ser xenófobo, racista e provocador – em 2001 disse, numa entrevista à revista Lire que “o Islão é a mais estúpida das religiões”, sendo processado por incitação ao ódio racial, mas acabando absolvido – é o escritor contemporâneo francês mais traduzido e aclamado internacionalmente.
Em resposta às críticas que o acusavam mais uma vez de querer acicatar a opinião pública, defendeu que Soumission não é uma provocação. Não quando, na sua forma de ver a realidade, os eventos descritos são verosímeis. O autor prefere, então, falar de uma antecipação. “Eu estou a acelerar a história. Não posso dizer que o livro é uma provocação, se isso significar dizer coisas que considero falsas só para chatear as pessoas”, disse o autor numa entrevista. E sublinhou o fator de antecipação: “Neste livro condensei uma evolução que, na minha opinião, é realista”.