10 de novembro de 2015

A queda de Bruxelas


Nas últimas semanas, face às massas imparáveis de “migrantes” e ao total caos na coordenação da União Europeia, não são poucos os políticos que anunciam o fim da Comunidade.
A História não se repete, mas às vezes o presente é muito similar ao passado. Roma não foi feita num dia, e também não caiu em apenas um. Em vez disso, o velho império foi minado internamente por migrações que, com o tempo, se tornaram invasões e saques. Roma deixou lentamente de existir.
O projecto europeu tem sofrido uma erosão similar. Em meados do início deste século ainda era apontado como um grandioso sucesso, mas desde a péssima gestão (e a total ausência de solidariedade europeia) dos resgates de Irlanda, Grécia e Portugal, o mito da Europa de Bruxelas tem-se vindo a desmoronar.
Hoje, 15 por cento dos portugueses acham que a União é um “desperdício de dinheiro”, 18 por cento consideram que a UE permite demasiada imigração descontrolada, 24 por cento associam o “projecto europeu” ao desemprego e à miséria (especialmente os mais jovens) e 12 por cento pensam que Bruxelas nos está a roubar a identidade cultural. Isto, segundo um estudo da própria União Europeia.
A crise dos “migrantes”, ditos sírios apesar de uma grande maioria ter proveniência de outros países, apenas mostrou ainda mais as enormes divisões entre os países desta “União” muito pouco unida, e colocou à vista de todos o caos que se vive em Bruxelas.
Em apuros
“A Europa está em mau estado”, afirmou Martin Shultz, o alemão que preside ao Parlamento Europeu, quando jornalistas em Bruxelas lhe perguntaram se considerava que existia a possibilidade de a UE se desfazer.

Sem comentários: