29 de dezembro de 2012

Pedido de ajuda a Deus

Todos temos hábitos bons e hábitos maus. Tudo que é feito automática e inconscientemente, ou sem exigir uma decisão específica, é um hábito. Bons hábitos, tais como de organização, cordialidade, ou boas maneiras, etc. são verdadeiras bênçãos. Mas os costumes ruins ou destrutivos, são denominados vícios.

Quantas vezes você já quis deixar um mau hábito, mas sentiu-se praticamente incapaz de livrar-se dele ou parar de fazer uma certa coisa, apesar de aplicar toda sua força de vontade para tal? O facto é que temos fraquezas humanas que, se permitirmos, podem se tornar maus hábitos ou vícios.

O que a maioria das pessoas não percebe é que um vício muitas vezes é mais do que apenas uma reacção natural enraizada. Quando uma pessoa se submete a uma fraqueza por muito tempo, é comum que as raízes do problema estejam na esfera espiritual, onde Deus e Suas forças angélicas de um lado e o Diabo e seus espíritos maus do outro tentam influenciar nossos pensamentos e acções. A Bíblia nos diz que “não temos de lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes” (Efésios 6:12).

Por isso, para superar um vício, é preciso livrar-se de qualquer espírito mau que esteja por detrás dele. Segundo a Palavra de Deus, existem espíritos malignos, ou demônios – como comumente são chamados – especializados em promover certos pecados e vícios para nos prejudicar, como é o caso do alcoolismo, do tabagismo, da glutonaria, de desordens alimentares, como a anorexia e a bulimia, etc. Esses são alguns dos vícios mais óbvios, mas existem outros, tais como o ódio, o rancor, o orgulho, o ciúme, a arrogância, a ira, a critiquice, a mentira e a dissimulação, entre muitos.

Os poderes espirituais que prendem as pessoas a esses vícios podem ser tão fortes e destrutivos quanto os que levam as pessoas à jogatina, à dependência física das drogas ou ao alcoolismo.
Existem demônios que tentarão causar danos em quase qualquer área da vida de uma pessoa, se esta lhes der espaço. Isso acontece especialmente com aqueles que já têm uma fraqueza natural em certa área, como uma tendência ao ciúme ou a ser crítico dos demais. Os inimigos de sua alma – o Diabo e seus demônios – aproveitarão essa debilidade e tentarão sua vítima sempre que esta lhe der uma oportunidade.

É por isso que a Palavra de Deus diz para não darmos “lugar ao Diabo” (Efésios 4:27). Dar lugar aos espíritos malignos é como ter um hóspede em casa determinado a incomodar, criar problemas e provocar todo tipo de prejuízo. Talvez você tenha lhe dito várias vezes para ir embora, mas ele se recusa, até que, pela autoridade da lei – nesse caso a autoridade da Palavra de Deus e o nome de Jesus – você expulsa o salafrário!

Mas para livrar-se dele, é preciso que, antes, você reconheça a existência de uma força espiritual que o prende ao vício e que sua determinação para se livrar do mau costume seja grande o suficiente para o levar a confessar seu problema a Jesus, orar por libertação e tomar uma atitude contra tentações futuras.

No momento em que você orar e pedir a Jesus para libertá-lo, você será liberto, como o próprio Jesus prometeu: “É-me dado todo o poder [Jesus] no Céu e na Terra” (Mateus 28:18). “E tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu o farei” (João 14:13). “Se, pois, o Filho [Jesus] vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” (João 8:36).

Ao orar, lembre ao Senhor dessas e de outras promessas que Ele fez na Sua Palavra. Isso demonstra fé na Sua habilidade de cumprir com o que prometeu. Jamais duvide nem por um momento que o Senhor irá atendê-lo e Ele o fará. Ele está obrigado a isso porque assim prometeu fazer.
Algumas mudanças são instantâneas, mas outras demoram.

Mesmo depois da oração e da libertação espiritual, é comum levar algum tempo para que o hábito seja completamente desarraigado. O Diabo e suas forças não simplesmente desistem e vão embora, mas vão tentar recuperar o terreno que perderam. Mas agora você tem a vantagem.

Antes da libertação, o espírito perturbador tinha grande controle, mas ao ser liberto, você adquiriu o poder para resistir às suas tentativas de retomada do controle. E esse deve passar a ser o foco das suas orações. Também é preciso dar passos práticos para não voltar a se tornar presa do problema.

Alguns vícios têm um vínculo tão forte em suas vítimas que é quase impossível superá-los sem reforços espirituais, na forma da oração e apoio dos outros. Se, após orar por libertação, você se sentir acometido por uma forte tentação que ameaça lhe roubar a vitória sobre seu vício ou dependência, é possível que você tenha de confessar seu problema a outras pessoas que sejam fortes na fé, para orarem por você contra esse forte impulso, e para ajudar e salvaguardá-lo, com o objetivo de evitar que você ceda à tentação.

“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5:16). “Se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á concedida por Meu Pai, que está nos Céus. Pois onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou Eu no meio deles.” (Mateus 18:19-20).
Apesar de ter sido liberado do controle do espírito maligno, ainda tem o hábito, e é provável que você continue a ser tentado nessa área por um tempo, especialmente se tem sido um grande problema por muitos anos. Mas não desista! Resista a todo sinal de tentação!

Você não tem culpa por ser tentado. Ninguém pode impedir que a tentação venha, mas não é preciso submeter-se a ela. É como o ditado que diz:

“Não é possível evitar que os pássaros sobrevoem sua cabeça, mas pode impedi-los de fazer um ninho no seu cabelo.” O Diabo não pode vencer se não nos rendermos! Acerte-o em cheio toda vez que ele vier com suas artimanhas para o seu lado! “Resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).

Uma das melhores defesas contra a tentação, além de continuar buscando a ajuda de Jesus e clamar Suas promessas, é manter-se ocupado a serviço de Deus e dos outros. É como uma terapia ocupacional, que o mantém ocupado com atividades positivas, de forma a não lhe dar tempo para pensar e voltar ao seu vício.



26 de dezembro de 2012

9 de dezembro de 2012

Politiquices

                  "Vítor Gaspar está a gozar com o pagode" 

 Foi assim que Marques Mendes comentou as explicações do ministro das Finanças para que Portugal não beneficie das facilidades concedidas à Grécia. Gaspar foi um dos muitos interveniente numa 'conversa de surdos' que o Expresso reconstitui.

 Ao tentar explicar a razão pela qual Portugal não beneficia das mesmas condições concedidas à Grécia para pagar os empréstimos, o ministro Vítor Gaspar fez dos portugueses "um conjunto de atrasados mentais que não são capazes de perceber as coisas", afirmou ontem Marques Mendes.

 "O que é que fez Vítor Gaspar?", perguntou o antigo líder do PSD na TVI24, para logo responder, deixando claro que estava a citar o ministro:

"Fez-se em Portugal uma 'inqualificável confusão' - palavras dele - e acrescentou: isto é uma tentativa de simplificar em excesso coisas que são muito complexas, querendo insinuar que não está o nível dos comuns mortais. E, portanto, que é um equívoco." 

Na segunda-feira, dia 3, o ministro das Finanças desvalorizou a possível extensão a Portugal de algumas das novas condições de ajuda concedidas à Grécia, apontando que o Governo está atento a essa oportunidade, mas que a mesma foi excessivamente dramatizada por "mal-entendidos".

 "Todas as afirmações que foram feitas pelos responsáveis políticos, certamente pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e pelo presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, são afirmações que estão inteiramente corretas e que foram descontextualizadas de forma pouco cuidadosa por alguma informação", disse Vítor Gaspar no final de uma reunião de ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas.

 "A simplificação excessiva de assuntos complexos conduz inevitavelmente a mal-entendidos que, infelizmente, tendem a persistir ao ponto de serem considerados verdades demonstradas", acrescentou.

"Atrasados mentais" 

 Para Marques Mendes, o governante português "está a gozar com o pagode".

 "Ficava bem ao ministro das Finanças, em vez de andar a fazer dos outros parvos, dizer esta coisa muito simples: A União Europeia não nos concedeu o desejável para não nos comparar à Grécia, e isso até seria compreensível. O que não lhe fica bem é fazer dos portugueses um conjunto de atrasados mentais que não são capazes de perceber as coisas", explicou Marques Mendes.

 "Julgo que nós vamos ter várias destas condições, não agora, mas mais tarde. Foi aquilo que também se percebeu da declaração do ministro das Finanças. Não havia era necessidade da Europa se comportar desta maneira, de Portugal ser subserviente, e do ministro das Finanças dar uma explicação de tal forma esfarrapada que toda a gente percebe que é tudo menos verdadeiro", rematou o também conselheiro de Estado.

 Clique na foto para ler uma 'conversa de surdos' entre os líderes europeus














http://expresso.sapo.pt/vitor-gaspar-esta-a-gozar-com-o-pagode=f772178

Marques Mendes critica "frieza tecnocrática" do Governo                     

                O Orçamento mais estúpido do mundo

A maioria parlamentar aprovou terça-feira o mais estúpido Orçamento do Estado que Portugal alguma vez conheceu.

É estúpido porque parte de um quadro macroeconómico completamente irrealista, com base numa recessão prevista de 1 por cento, quando no mesmo dia a OCDE apontou para -1,8% e todas as previsões conhecidas, nacionais e internacionais, se fixam claramente acima do valor definido peloGoverno e pela troika.
É estúpido porque o défice do próximo ano não será cumprido, assim como não foi o deste ano, já que parte de pressupostos que não se vão verificar.
É estúpido porque insiste no caminho de um fortissimo aumento de impostos para tentar alcançar o défice quando o resultado final será a devastação da economia e a correspondente quebra de receitas fiscais, gerando a necessidade de voltar a aumentar impostos para atingir o défice e aprofundando ainda mais a recessão.
É estúpido porque as expectativas de cumprimento deste orçamento são nulas - e isso é mais um passo para ele não ser cumprido.
É estúpido ainda porque não aproveita as janelas abertas pelos responsáveis do FMI para aliviar a carga fiscal e as metas do défice.
E é estúpido porque depois da decisão do Eurogrupo sobre a Grécia se tornou claro que a própria troika começa agora a admitir que este caminho de austeridade sobre austeridade não conduz ao paraíso mas ao inferno e é contrário aos objetivos que pretende atingir.
Este orçamento é um nado-morto, que será alvo de remendos ao longo do ano. É um orçamento contra os contribuintes, que estimula a economia paralela, a fuga e a evasão fiscal devido à injustissima carga fiscal que lança sobre os contribuintes. É um orçamento contra a economia. E é um orçamento estúpido porque nos conduz a um abismo económico - mas apesar dos avisos e dos alertas, insiste em caminhar nesse sentido.
Verdadeiramente, este orçamento não merece vir a conhecer a luz do dia. Não merece entrar em vigor. E os contribuintes portugueses estão muito longe de merecer o flagelo fiscal que este orçamento lhes quer impor. 
http://expresso.sapo.pt/o-orcamento-mais-estupido-do-mundo=f769910

7 de dezembro de 2012

Cavaleiros do amanhã

VELHOS E ESFARRAPADOS, CONTINUAMOS POR CÁ...
onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver discórdia, que eu leve a união;onde houver dúvida,que eu leve a fé;onde houver erro, que eu leve a verdade; onde houver ofensa,que eu leve o perdão;onde houver desespero, que eu leve a esperança;onde houver tristeza, que eu leve a alegria; onde houver trevas, que eu leve a luz.Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar,que ser amado; pois é dando que se recebe;é perdoando, que se é perdoado ...

3 de dezembro de 2012

Chocado!?Ou talvez não

Banco português “oferece” €5000 de crédito pré-aprovado a desempregado – dezembro 2012

O caso em cima mencionado é revelador do estado calamitoso ao que o nosso país chegou.
Nada me move contra a banca,bem pelo contrário,acho que os bancos são um instrumento indespensável no (re)vigoramento de qualquer economia.Mas esta irresponsabilidade leva-nos a compreender que a banca(com a benovolência dos partidos com assento paralamentar) tem bastantes culpas no cartório em termos chegado a este ponto.O Crédito deve estar ao serviço das pequenas e médias empresas,de modo a fomentarem riqueza,produção nacional.Dar-se incentivo aos empresários para a criação de novos e mais postos de trabalho.Bem pelo contrário este actual governo a mando da troika,amumenta os impostos e a carga fiscal sobre os trabalhadores e as empresas,levando à baixa de salários(logo haverá menos consumo e menos dinheiro a circular),mais empresas a fechar,mais despedimentos o que leva o própio estado a suportar mais gastos com apoios sociais.Sinceramento não compreendo o rumo desta politica.Mas como é obvio isto não vem de agora,é um problema que se vem arrastanto à décadas.Destruição do nosso aparelho produtivo(indústrias,pescas,agricultura,etc),a juntar a isto,toda a corrupção e compadrio que vigora na nossa sociedade,as derrapagens financeiras nas obras públicas e demais parcerias público-privadadas.Bpn,freeport,submarinos,Portucale,face oculta....Onde estão e o que aconteceu aos responsáveis por todas estas tramóias?Enfim,enquanto a maioria dos portugueses continuar a resignar-se,e a votar nos habituais partidos politicos,continuaremos a caminhar...sabe-se lá para onde!?

28 de novembro de 2012

Estratégia

Carta aberta ao próximo Presidente do Sporting Clube de Portugal

«Sr. Presidente a sua hora está obviamente a chegar. diria mesmo que é já inevitável que o seu mandato comece ainda durante o ano de 2012. Se me permite deixarei aqui alguns conselhos para memória futura.

“First things first”! Para ser Presidente é necessário ganhar eleições, coisa que a história recente do nosso clube mostra poder ser a parte mais difícil da sua empreitada.
Comece por escolher bem a sua lista. Pense duas vezes antes de aceitar um nome que tenha associado a si a fama de um “passado glorioso” no clube, o brilho falso da mediatização, ou ainda a miragem do garante de alguns votos transportados de outros actos eleitorais. Pergunte a si mesmo como vão essas pessoas enquadrar-se no seu projecto, e o que podem elas trazer ao clube. Faça uma lista para cada nome e ao verifica-la vazia de conteúdo, descarte-os. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Rodeie-se de duas ou três pessoas da sua confiança pessoal e faça delas o seu núcleo duro. A sua equipa. Lembre-se que uma equipa é composta de pessoas que sabem trabalhar em conjunto. Não construa uma manta de retalhos. É esta equipa que vai definir a estratégia do clube para o futuro. Não se esqueça que é o Sr. Presidente o centro do projecto. Não receie ser visto como autoritário. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Para o resto das tarefas terá que encontrar bons profissionais com as competências técnicas necessárias. Vai precisar de um excelente financeiro, um director de comunicação incansável, astuto, e inteligente. Não escolha um “boy” para esta tarefa, ela é fundamental. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Lembre-se que o treinador não é parte da sua lista nem deverá ser exibido como trunfo de campanha. São vários os pilares deste argumento e o passado comprova-as. Aponto apenas um: Não queira ficar refém do seu treinador. O mesmo se aplica a jogadores. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Quando chegar à fase da campanha terá que se confrontar com os seus adversários. É possível que encontre vários. Podemos tentar desde já tipifica-los: Vai aparecer um candidato da “continuidade”, um ou dois totós, e talvez um parecido consigo. Obviamente só terá que se preocupar com o candidato da continuidade que tentará o impossível argumento do “ou nós ou o caos”, e o candidato parecido consigo. Este será mais perigoso, porque não é igual a si mas quer parecer se-lo aos olhos dos sócios. É aquele que se vai apelidar de “candidato do consenso”. Aqui será a sua habilidade natural, a clareza do seu projecto e o seu amor ao clube que marcarão as diferenças. Sobretudo não tente chamar para si o rótulo de consensual. Seja forte e consenso virá dos seus eleitores.
É muitíssimo provável que venha a sofrer ataques pessoais durante a campanha. Não tenha medo de reagir e aqui e ali “pagar com a mesma moeda”. Esta postura vai ser necessária no exercício das suas funções quando se confrontar com os nossos adversários extra-muros. Comece a treina-la desde já. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Por ultimo mas não menos importante em todo o processo eleitoral, certifique-se que as eleições são devidamente fiscalizadas. Não preciso de elaborar mais neste ponto. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Quando ganhar as eleições não se esforce demasiado em apaziguar os sócios e tentar uni-los no seu discurso de vitória. A confiança daqueles que não votaram em si virá a obte-la por actos e não por palavras. Foque a sua energia no essencial. Não tenha medo de centralizar. Será preciso ter uma imagem forte para o exterior. Ao contrário dos seus antecessores tente ser forte para fora primeiro. Verá que o esforço de o fazer para dentro será infinitamente menor. Isto permitirá silenciar a enorme quantidade de papagaios que opinam sobre a vida do nosso clube. Verá que terão muito menos para dizer. À medida que o tempo passar e o seu mandato se fortalecer terá duas tarefas importantes: Alterar os estatutos para esbater de forma muito significativa a diferença do numero de votos por cada sócio; Extinguir o Conselho Leonino. Trata-se de um órgão desestabilizador do clube e que promove um elitismo não compatível com a realidade actual dos nossos tempos.
Na gestão do dia a dia preocupe-se com 4 pilares:
- Gestão Desportiva
- Gestão Financeira
- Comunicação
- Arbitragem
Para cada um deles tenha a sua agenda privada – aquela que discute com o seu núcleo duro e que lhe permite projectar o clube a um horizonte de 3-4 anos; e a sua agenda publica aquela que comunica ao exterior numa base regular e que é um “reflexo filtrado” da primeira.
Analisemos brevemente cado um deste pilares:
Gestão Desportiva: Vai depender muito do estado em que encontrar o clube. Mas algumas linhas são fundamentais. Tirar dividendos (desportivos e financeiros) da nossa formação. Encontrar uma equipa técnica reconhecidamente competente e gastar muito bem o dinheiro que tem disponível em aquisições, reduzindo o seu numero e aumentando a qualidade. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Gestão Financeira. Aqui vai ter que ter o apoio da sua equipa de profissionais nesta área para que consiga estancar o aumento da divida e a comece a reduzir. Renegociações, fundos de jogadores, novas fontes de receita e maximização das actuais serão os chavões, mas imaginação e competência ditarão as melhores soluções. Não descarte a realização de uma verdadeira auditoria de gestão às anteriores direcções. Se as puder acusar e recuperar algum dinheiro com isso, ele será sempre benvindo. Não tenha medo da pressão dos bancos. Lembre-se: Quando se devem milhões de Euros o problema também é do banco, não é só nosso.
Comunicação. É extremamente importante. O nosso clube tem um peso quase nulo entre os fazedores de opinião desportiva em Portugal e consequentemente no estrangeiro. Isto trás.nos custos desportivos e financeiros elevadíssimos. Veja-se os valores pelos quais alguns jogadores banais dos nossos adversários têm sido vendidos e calcule-se a quota parte que a comunicação social teve no processo. Como é preciso começar por algum lado sugiro o “despedimento” de todos os nossos paineleiros em programas de TV e colunistas de jornais, e sua substituição por pessoas conhecedoras da realidade desportiva do país e que mordam os calcanhares aos comentadores rivais. Se não se lembrar de ninguém sugiro que contacte meia dúzia de cronistas da nossa blogosfera que não tenham vergonha de sair do anonimato.
A seguir passe-se à fase de influenciar o que se escreve nos jornais e diz na rádio, não dando quartel a cronistas bacocos dos nossos rivais e a jornalistas a soldo de terceiros.
O projecto de televisão pode ser interessante mas não é prioritário se a nossa comunicação funcionar bem noutros canais.
Arbitragem. Sem medo de chamar os bois pelos nomes, assuma pelo menos no seu nucleo duro que as arbitragens são influenciáveis. Estude os seus meandros de ponta-a-ponta e torne-se um mestre na matéria. Saiba quem são os observadores de árbitros com quem estes almoçam, jantam etc… Faça o mesmo com os senhores do apito. Não tenha receio de os zangar, pior não podemos ficar. Neste assunto tenha sempre presente uma máxima importante: Não use armas inferiores às dos nossos rivais. Aprenda com os erros feitos por outros no passado.
Mais há a dizer sobre estes quatro pilares, talvez numa próxima carta. Para já lembre-se apenas que “First Things First”!
Apresente e cumpra este projecto. Saiba comunica-lo bem e os poucos votos que os meus 10 anos de sócio me conferem irão direitinhos para si.»
Com a devida vénia ao melhor sítio da blogosfera leonina:

18 de novembro de 2012

Agenda


Cartaz 1º Dezembro


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Programa 1º Dezembro
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Boletim 2012-11

Boletim 2012-11
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MANIFESTO DO 1º DE DEZEMBRO


Veja quem subscreve o 
Patamar Simbólico
 MANIFESTO DO 1º DE DEZEMBRO, DIA DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL
Viva Portugal! Viva a Restauração!
Não há mais importante para uma Nação do que a sua independência. Não há mais importante para um povo do que a sua liberdade.
Por isso, o 1º de Dezembro é o mais importante de todos os feriados nacionais. O 1º de Dezembro é o feriado sine quod non, o feriado nacional sem o qual nenhum outro existiria. Se não fosse o dia 1 de Dezembro, estaríamos condenados a comemorar o Dia da Hispanidade como “dia nacional” e em nenhum dia seríamos livres de celebrar Portugal.
Poderíamos festejar a independência e a liberdade com referência a um dos factos relevantes da fundação da nacionalidade no século XII ou com relação a algum dos momentos críticos e dramáticos da crise do interregno no século XIV. Mas desde há século e meio que escolhemos colectivamente celebrá-las com referência à data em que recuperámos a independência pátria, ao fim de sessenta anos de a termos perdido: a Restauração de 1640.
Por isso, o 1º de Dezembro é o mais antigo dos nossos feriados civis e o mais alto dos feriados patrióticos. Consolidou-se como marco pacífico da nossa vivência nacional e do nosso convívio colectivo. Atravessou regimes e mudanças políticas e sociais. Estabeleceu-se como facto do mais alto significado, que não podemos interromper, nem quebrar.
Este marco foi afirmado na linha do Manifesto que, em 1861, um punhado de quarenta patriotas, com Alexandre Herculano à cabeça da lista, lançou à consciência nacional para empreender as primeiras comemorações solenes, a partir da Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640, antecessora da Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Hoje, poderíamos escrever muitas das palavras por que esses patriotas despertaram o espírito nacional:
«O povo portuguez, seguro da sua existência nacional, e cônscio dos imprescríptiveis direitos em que ella assenta, sem ter esquecido as heróicas acções com que seus antepassados conquistaram e mantiveram a independência da pátria, havia quasi apagado, pelo seu caracter humano e pacifico, a recordação pública de cruentas pelejas, que foram mais um desengano, entre tantos que a história accumula, de que a força e a ambição, por si sós, não lograram no mundo triumphos duradouros.» (…)
«Precisávamos, portanto, expor claramente a opinião unânime do povo portuguez, e assegurar aos homens e aos governos que se interessam no melhor regimento da família européa, que é ânimo e deliberação nossa defender a integridade do território que possuímos, não acceitando aggregações incongruentes com o caracter e tradições nacionais, e que nos empenhamos, quanto cabe em nossas faculdades e nol-o permittem os obstáculos da governação que todos os povos têm encontrado nos aperfeiçoamentos sociaes, por sermos dignos de fazer parceria com as nações civilisadas, tanto pelos nossos feitos passados como pela nossa vida contemporânea.»
No ataque de agora ao 1º de Dezembro, ouve-se comentar, em sussurros cúmplices, que, em tempo de União Europeia, “não fica bem” acentuar a independência nacional e celebrar uma vitória política e militar sobre a vizinha Espanha. Dizemos, sem hesitar, que é exactamente ao contrário.
Nada nos move contra a vizinha Espanha, com que desejamos viver em paz e boa cooperação, como Estados independentes, hoje unidos no mesmo projecto europeu. Basta-nos citar as palavras de Herculano e do Manifesto dos Quarenta, em 1861:
«Portugal, avivando e celebrando com mais solemnidade o anniversário da reconquista da sua Independência em 1640, nem pretende ferir o pundonor da briosa nação hespanhola, nossa amiga e alliada, nem resuscitar os ódios que outr’ora inimisaram os dois povos convisinhos.
Não quer reptál-a. Não leva a mão á espada. Unicamente aponta para o seu direito, e diz á Europa que está decidido a defendêl-o.»
Ao preservarmos e valorizarmos o dia em que celebramos, com Portugal inteiro, a Independência Nacional, aproximamo-nos - não nos afastamos - da esmagadora maioria dos Estados que compõem a União Europeia. Dos vinte e sete Estados-membros, são dezoito aqueles cujo Dia Nacional - o feriado civil mais importante - assinala a respectiva independência ou fundação. Dos nove que restam: uns são monarquias, em que o dia nacional corresponde ao aniversário oficial do Rei ou Rainha, símbolo vivo da própria individualidade nacional; outros, trata-se de países que nunca tiveram aqueles marcos, porque foi outra a História da formação dos respectivos Estados, como Áustria, Espanha, França ou Itália; e, mesmo entre estes, outros feriados há que celebram datas de libertação nacional e, às vezes, em dobro, como é o caso de França, Itália e Holanda. A única excepção na UE-27 é a Irlanda, cujo Dia Nacional é religioso, o Saint Patrick’s, símbolo universal da identidade irlandesa. Se Portugal abolisse o feriado da independência, tornar-se-ia no único Estado-membro da União Europeia que, tendo conquistado a independência nacional e assinalando-a em feriado nacional, o apagaria da memória e do calendário oficiais. Pior seria impossível.
O 1º de Dezembro não é moeda de troca de negociações financeiras ou laborais - para tudo isso, na delicada situação do país, é possível e necessário encontrar melhores alternativas. O 1º de Dezembro é uma escolha patriótica e uma decisão nacional inapagável.
Acabar com o feriado do 1º de Dezembro seria atacar da pior forma a independência nacional de Portugal: seria feri-la no seu próprio espírito. Quando alguns falam de que Portugal caiu numa situação de “protectorado” e o quadro de endividamento diminui a liberdade de decisão de Portugal, não é tempo de apagar o espírito, a vontade e o brio da independência nacional - bem ao contrário, é o tempo de os celebrar, exaltar e fortalecer.
O dia em que assinalamos a nossa independência nacional, a data em que festejamos a nossa liberdade como povo liberto do jugo estrangeiro é o dia mais importante da nossa vida colectiva.
Aqui, não somos de esquerda, nem de direita - somos portugueses. Não somos da República, nem da Monarquia - somos por Portugal. O 1º de Dezembro a todos nos une e reúne. O 1º de Dezembro convoca-nos.
Lisboa, 5 de Março de 2012
Adalberto NEIVA DE OLIVEIRA (advogado, gestor)
Alexandre PATRÍCIO GOUVEIA (economista, gestor de empresas)
Aline GALLASCH-HALL (professora universitária, investigadora)
António MENEZES CORDEIRO (advogado, jurisconsulto e árbitro, professor catedrático)
António PINTO DA FRANÇA (diplomata)
Augusto CID (cartoonista)
Diogo FREITAS DO AMARAL (professor universitário, ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro, jurisconsulto)
Eugénio RIBEIRO ROSA (médico, presidente do Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal)
Filipe SOARES FRANCO (empresário)
Francisco de Bragança VAN UDEN (gestor)
Gonçalo PORTOCARRERO DE ALMADA (sacerdote católico)
Hélio LOUREIRO (cozinheiro, chef)
Henrique MOTA (livreiro, editor)
Isabel PONCE DE LEÃO (professora catedrática)
Jaime NOGUEIRA PINTO (professor universitário, escritor)
João Bosco MOTA AMARAL (deputado, ex-Presidente da Assembleia da República)
João BRAGA (cantor, agente cultural)
João Luís MOTA DE CAMPOS (advogado, ex-secretário de Estado)
Jorge RANGEL (professor do ensino superior, presidente do IIM - Instituto Internacional de Macau)
Jorge MIRANDA (professor universitário, jurisconsulto)
José ALARCÃO TRONI (advogado, presidente da direcção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal)
José BAPTISTA PEREIRA  (tenente-general piloto aviador, presidente da mesa da Assembleia Geral da Sociedade Histórica da Independência de Portugal)
José GARCIA LEANDRO (general do Exército, curador e administrador da Fundação Jorge Álvares, ex-governador de Macau)
João José BRANDÃO FERREIRA (tenente-coronel piloto-aviador, piloto)
José LAMEGO  (advogado, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, ex-secretário de Estado)
José LOUREIRO DOS SANTOS (general do Exército)
José RIBEIRO E CASTRO (advogado, deputado, presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República, ex-secretário de Estado)
Leonardo MATHIAS (embaixador jubilado, ex-secretário de Estado)
Manuel TAVARES (jornalista, director do “Jornal de Notícias”)
Margarida GONÇALVES NETO (médica psiquiatra)
Maria Miguel SANTOS SILVA (licenciada em Direito, directora da Escola “Ave-Maria”)
Matilde SOUSA FRANCO (museóloga, historiadora)
Nicolau SANTOS (jornalista, director-adjunto do “Expresso”)
Nuno VIEIRA MATIAS (almirante)
Octávio RIBEIRO (jornalista, director do “Correio da Manhã”)
Pedro QUARTIN GRAÇA (advogado, docente universitário)
Raquel HENRIQUES (professora de História, historiadora)
Renato EPIFÂNIO (professor universitário, presidente do MIL - Movimento Internacional Lusófono)
Ricardo SÁ FERNANDES (advogado, ex-secretário de Estado)
Rui PENA (advogado, ex-ministro)

7 de novembro de 2012

Os Cavaleiros Templários,a milícia de Cristo

Chelsea is our name





                         We are the famous CFC

                                  

                                    The pride of London                   
                                                                                                                  

                                     Blue is the colour




6 de novembro de 2012

Mudem a Constituição mas esqueçam os partidos

Lembram-se da Islândia, que se incendiou em 2008 na crise financeira e numa sangria de depósitos bancários? Pois bem, está de volta e os islandeses aprenderam bastante com um processo traumático que acaba agora com uma revisão constitucional.

A Islândia afundou, refundou o Estado e voltou. A banca e os políticos deixaram de ser de confiança

Primeiro, os 320 mil habitantes da ilha perceberam que o poder político e financeiro não é de fiar. Só 11% do eleitorado confiam no Parlamento, pouco mais do que nos bancos (6%) e a milhas da polícia (80%). Como quase todos falharam (menos a polícia), há urgência em rever a Constituição.
O texto é popular, feito à medida de três centenas de milhares de pessoas, mas é fabuloso nas suas certezas. Recursos naturais? São inalienáveis. Exploração de bens do Estado? Só com prazos bem definidos. Compadrio no governo? "Os ministros só podem nomear com recomendação de um comité independente. Segredos de Estado? Só os essenciais, porque o resto da informação "deve estar disponível sem barreiras a todos e a lei deve assegurar o acesso às informações do Estado", escreve Thorvaldur Gylfason em From Crisis to Constitution.
Escaldados com a crise, os islandeses também retiraram do texto todos os predicados financeiros. Não há nada na Constituição que ponha limites quantitativos à dívida e ao défice, sabendo eles que todas as previsões económicas são frágeis e falíveis. Melhor: não faltam artigos constitucionais relacionados com a liberdade de informação, acesso a dados e nomeação de cargos, mas só lá estão para prevenir que uma nova crise aconteça. Não há bancos nem referência a instituições financeiras - não vale a pena pôr no texto magno o que vai de certeza falir.
A experiência é limitada na dimensão mas útil neste debate para afundar - desculpem, refundar - o Estado. A Islândia parte do que será o nosso pressuposto daqui a uns anos: todo o poder político falha e o poder financeiro tem interesse próprios. Os dois raramente se coadunam com o interesse público e não há mal nenhum nisso: só é preciso perceber que não podemos estar nas mãos dos dois.
A nova Islândia não é de esquerda nem de direita: é coletiva e avessa a desvarios capitalistas. A legitimidade e a organização social vêm de baixo, não são impostas. Houve pobreza e falências, contas vazias e investidores zangados, mas no fim, a Islândia está a dar a volta. Há vida para além do défice.


"Não é possível" resolver problemas complexos "em democracia"

28 de outubro de 2012

SCP e o futuro da nossa equipa de futebol

O mínimo dos mínimos que nós sportinguistas exigimos nesta altura,para o que resta de campeonato é terminá-lo no 3ºlugar.Vencer o outro troféu que ainda falta disputar,taça da liga,deve ser na minha opinião uma outra prioridade nossa.
Precisamos de um presidente que se revele um líder forte.Com um discurso uniforme,que meta a familia sportinguista a falar a uma só voz.Gostemos ou não do presidente,do dirigente ou do jogador abc ou d,compete-nos a nós sócios/adeptos/simpatizantes apoiar e estar sempre ao lado da estrutura do futebol.A instituição acima de tudo e de todos.O clube é e deve ser feito diariamente por todos nós sportinguistas.Só com sucesso desportivo voltaremos a elevar o Sporting ao nivel que todos nós sabemos,merecemos e queremos que ele esteja.O alcançar da Glória,vai voltar a ser o nosso destino.
Com garra e com alma,vamos transmitir a mística para dentro do relvado,amanhã tudo a Alvalade!Os leões vão andar à solta!
Força rapazes!Allez Franky!Aperta com eles Godinho!
Unidade e Luta

27 de outubro de 2012

ODE MARÍTIMA




Espectáculo de poesia e multimédia em cena dias: 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de Novembro e 1 e 2 de Dezembro de 2012 às 21:00 no Auditório Camões em Lisboa.
Sinopse:
A Ode Marítima é um dos poemas mais marcantes do heterónimo Álvaro de Campos expressa as suas ideias de força e agressividade, tão marcantes no período futurista e sensacionista. Ode Marítima prova máxima do poder da imaginação do homem mas também prova máxima de quão efémero é esse poder. Depois de tudo, depois da exaltação, da fúria, da descoberta e de ser tudo, há o regresso frio do corpo e a saída do sonho para a realidade de todos os dias, a realidade real, o lado de fora do sonho.
Sobre Álvaro de Campos: Álvaro de Campos apresentou-se como o mais moderno entre os “irmãos heterónimos”. Homem voltado para o impulso das emoções, para o presente, para as modernidades que o mundo apresentava, aberto à realidade, algo contrário aos seus dois irmãos, Caeiro e Reis. Álvaro fez o papel do heterónimo mais próximo às tendências do início do modernismo europeu, influenciado principalmente pela geração futurista. A “Ode Marítima” é a mais longa das Odes que Álvaro de Campos escreveu sem uma linguagem cuidadosa e com uso de onomatopeias e sons obscuros e gritantes representados pelo uso repetitivo de algumas letras, sem exaltação aos deuses, e com um pouco de ironia que lhe era peculiar e da maneira mais despojada.
Porquê Fernando Pessoa: O movimento artístico chamado Modernismo, em Portugal, deu seus primeiros passos em 1910, numa época de transição e de instabilidade política com a mudança do regime monárquico para o regime republicano. O movimento, em Portugal, surgiu com uma poesia alucinada, provocadora, irritante, com o intuito maior de desestabilizar a ordem política, social e económica da época e acompanhando as tendências de vanguarda que nasciam pela Europa, a temática artística apresentava-se com veias de inconformismo, de instabilidade, com o desejo de romper com o passado, de aderir a ideias futuristas, dando maior vida e visibilidade ao país. A Europa como um todo vivia um momento de efervescência cultural: a realidade reinterpretada pelos artistas, a crítica aos costumes ultrapassados e a ânsia em aderir e em acompanhar os avanços tecnológicos que rompiam com conceitos já estabilizados, porém atrasados.
Portugal século XXI
Este texto permite encontrar um sentido para a antiga grandeza e a decadência existente no nosso país. Um texto que revisita e cria uma mitologia do passado heroico de Portugal, repleto de símbolos. Um texto que apresenta proximidade com o que propunha o modernismo aquando do seu surgimento: dar maior visibilidade e vida à história e à cultura de Portugal, evitando deixá-la para trás perante o cenário europeu.
Auditório Camões
Endereço: Rua Almirante Barroso, 25 B 1050-129 Lisboa
Acessos:
Metro – Picoas, Saldanha
Autocarros – 20, 22, 26, 30, 32, 33, 40, 53, 205, 206 e 209

”O homem sentiu sempre e os poetas frequentemente cantaram o poder fundador da linguagem, que instaura uma sociedade imaginária, anima as coisas inertes, faz ver o que ainda não existe, traz de volta o que desapareceu” Émile Benveniste
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Ler um livro é a forma universal de caminhar para outro mundo, outro universo, a magia de poder sentir as personagens e a magia de viver outras histórias sem imposições pré-definidas, as personagens o tempo e o espaço criado à imagem e sentimento de cada um. O que proponho nesta criação é transpor para o teatro o mesmo caminho, uma viajem de palavras e sentimentos, sendo essas, materializadas na mente do espectador através de estímulos expressos por sons, ruídos e vídeo, incitando desse modo, a forma como vemos ouvindo as personagens à nossa maneira, como queremos e como sentimos. O conceito é muito simples, a exposição do público no escuro da sala de teatro em certos momentos, colmatado com pequenos apontamentos de multimédia, permitindo, o espectador viajar num delirante momento de sonho acordado, num magnífico exercício de descoberta do mistério pela linguagem poética, captando e sentindo visualmente as palavras, tal como, um simples leitor sente à medida que lê o seu livro, à sua maneira, como quer e sente.
Preço dos bilhetes
Normal: 10,00 €
Profissionais do Espectáculo: 7,50 €
Maiores de 65 anos: 7,50 €
Jovens até 20 anos: 7,50 €
Reservas/informações: ligue 1820 (24horas) ou 93 823 85 65 (produtor)
Locais de venda: www.ticketline.sapo.pt no local e nos locais habituais de venda.
“Só triunfam os que se atrevem a atrever-seGeorge Clemenceau

26 de setembro de 2012

Em frente

                      Querer é o primeiro passo,para a solução do problema
As nossas atitudes diante dos problemas da vida,determinam nossa vitória ou derrota


8 de setembro de 2012

“Ser do Sporting é como ir a um Clube de striptease”

E perguntam os sócios, concentradíssimos: porquê achar que ser do Sporting é o mesmo que ir a um Clube de striptease?
Porque não é qualquer um que lá entra, é um espaço eclético, refinado, de posse, de jet set. Requer algum esforço, intensa dedicação e extrema devoção, um dia poder, atingir essa glória.

O porteiro, é o presidente do clube. É nele que esbarro todos os dias mas, simpatizo, tento fazer com que goste de mim e a quem dou o meu voto de qualidade. É ele, quem todos os dias defende, com unhas e dentes, as cores da camisola. Confio no seu juízo, porque sem ele, não faria parte deste clube. É ele quem oficializa o meu estatuto de sócio.
Para me inscrever pago uma jóia, o consumo mínimo para fazer parte de tão restrito grupo. Com o tempo, vêm o regime de quotização ou senhas: uma quota – um jogo, toma lá – dá cá. Com o passar dos anos, o tratamento privado, o ser doutor, o leão de ouro com direito a garrafa de whisky e tudo.

Os preços dos bilhetes, esses variam. Vão do obsceno ao apenas exorbitante, dependendo da competição que quero assistir: liga dos campeões, primeira liga, ou taça.

Mas quando a nossa equipa sobe ao relvado, quando o grupo de trabalho saúda os espectadores, quando o jogo começa, não existem valores proibidos. É o palco de todos os sonhos.

A servir às mesas está o treinador, que me atende os pedidos, tira as dúvidas, me dá a táctica, me ensina o esquema. Sabe que não ganha o mesmo que as estrelas do clube mas respeita-me. Sabe que sem o carinho dos adeptos, e se houver assobiadela, corre o risco de ser substituído. E já foram tantos os empregados.
As claques fazem-se representar pelas despedidas de solteiros, grupos organizados, onde todos falam alto e ao mesmo tempo com um interesse comum: ver tudo menos o jogo.

O árbitro, sempre atento, a ver se meto mão à bola. Uma vez – cartão amarelo. À segunda – vermelho directo e o melhor mesmo é mudar de clube.

Os planteis, sempre riquíssimos e variados. Num ano o clube aposta no leste da Europa, no outro, abre os cordões à bolsa e manda-se para a América do Sul. Moldávia e Roménia versus Brasil e Brasil. Juventude e irreverência contra experiência e regularidade. Tudo ali, à minha espera, tal grande artista, de super levezinho, a equipar-se nos balneários.

No meio desta academia de valores, a prata da casa, a idade menor, os juniores, que de uma temporada para a outra, para mal dos meus pecados e por meia dúzia de tostões, segue a dança, rumando a destinos longínquos e promissores.

Sucedem-se assim os anos, neste clube.
São épocas de esperança, sem falhar uma jornada, indiferente aos maus resultados, sem nunca faltar à chamada, ocupando aquele lugar cativo e sempre com o mesmo pensamento na cabeça: desta é que vai ser! Mas não é. E nunca há direito, a mais um minuto que seja, de tempo de compensação.
A música, essa, é sempre a mesma. Não muda nunca. Sou o DJ e o disco. O meu clube é o hit de verão, a colectânea esperada, o top of the top: é o maior. Sei que existem outros bares na vizinhança que me deixam de trombas às vezes, outros nas redondezas, verdadeiras pérolas, mas, este é o meu bar, o meu clube, o meu amor.

Lá vou ficando, fiel e sem vacilar, dando tudo o que tenho, despido de preconceitos, agarrado ao verde e branco daquele varão de fé e desejo, deixando a nu a realidade, onde me contorço pela negação daquele prazer, daquele título que, estando ali tão perto, uma vez mais se serpenteia para o fundo do túnel numa exótica coreografia, insistindo em fugir das minhas mãos a sete pés.

Passo assim os dias, indo aos treinos, sonhando, acreditando, prevendo, suspirando que “hoje é que vai ser!”. Sempre que tal não acontece, e tantas que são essas vezes, esfrego as mãos nos calos da certeza de que foi apenas mais uma jornada que correu menos bem.

E como sabe bem desabafar no flash interview do café do bairro, com os amigos, cúmplices de clube e de assiduidade – contar na primeira pessoa o que correu bem, o que correu mal, por quanto correu mas, com a cabeça já na jornada seguinte.

Só com um milagre haverei de materializar em conquista o esforço de tanta jornada, de tanta época. Passam-se anos, décadas, um jejuar infinito, eis que quando e já quando ninguém acreditava ser possível, no mais privado dos meus sonhos, o barulho ensurdecedor do rugido de uma rolha a fugir de uma garrafa do champanhe mais caro, dá-me o primeiro lugar, dá-me o campeonato. Há leão! Sou finalmente o maior, o melhor dos melhores. A liga já cá canta, ganhei este campeonato, e este, já ninguém mo tira. Custou mas, que sabor teve esta conquista. A prova que enquanto há visa, há esperança. E volto a fazer parte do maior clube do mundo. Festejo até de manhã, achando-me dono de tudo sem me lembrar de nada. E sem um tostão no bolso, lá vou eu trabalhar, ainda bêbado do fim-de-semana, na segunda, a circular de taça na mão.

Saudações Leoninas

André Ferreira
Fonte