28 de abril de 2016

Diz-me com quem andas...



Será que vai haver festa nos Aliados se o Carnide for campeão?Mudam-se os tempos...enfim,um SPORTING forte,incomoda muita gente.

A espanholização de Portugal

“Sempre com os espanhóis fiscalizando, decidindo, atrasando, adiantando...”


Com a recente decisão de passar a maioria do capital social do BPI para as mãos do Caixabank da Catalunha, deu-se um passo decisivo para a entrega da maioria do negócio bancário português aos espanhóis.
Depois da compra do Banif pelo Santander e com a passagem do BPI para controlo espanhol, tornando assim possível a compra do Novo Banco pelo recapitalizado BPI, os nossos vizinhos vão passar a deter a maioria da banca portuguesa.
O que significará isto? Pois muito simplesmente significará que o investimento em Portugal ficará dependente de vontades espanholas. Sem investimento não há progresso e sem progresso as sociedades definham.
Mas será que os espanhóis querem que Portugal definhe? Não. O que os espanhóis querem, e nunca disso fizeram segredo, é que Portugal e as suas politicas erráticas não atrapalhem o normal desenvolvimento do seu país.
Já lá vai o tempo das conquistas territoriais, única forma de submeter os adversários e de lhes sugar o tutano. Num ambiente de união europeia, o que interessa mais hoje são os negócios e menos o controlo territorial.
Portugal já não corre o risco de desaparecer do mapa como ocorreu em 1580 e sobretudo em 1385. Poderemos continuar a festejar o 1º de Dezembro como data sine qua non da nossa independência, que “nuestros hermanos” não se importarão.
foto do autor do artigoEurico Paes
Embaixador

26 de abril de 2016

Requiem pela Constituição de Abril

40 anos de vigência da actual Constituição

A Constituição de Abril não encontra a sua génese numa épica tomada do poder, num glorioso movimento popular ou numa memorável revolução. Resulta, apenas, de uma reivindicação salarial, à qual se sucede um golpe de Estado, protagonizado por um grupúsculo de capitães e consentido, em larga medida, por um regime político datado.
Mais grave, porém, é a circunstância de os princípios estruturantes dessa Constituição, concretamente os relativos à organização político-administrativa nacional, terem origem numa vontade militar nunca legitimada democraticamente, nem por via eleitoral, nem por mecanismo referendário.
Inicialmente, porque o poder militar emergente afasta qualquer solução política que implique uma votação popular, quer da estrutura constitucional provisória entretanto adoptada, quer dos respectivos titulares. Depois, porque vincula a Assembleia Constituinte eleita às incontornáveis exigências das designadas Plataformas de Acordo Constitucional, por ele impostas aos partidos políticos sob chantagem política, dado que da aceitação das mesmas faz depender a realização de eleições. Finalmente, porque a Constituição determinada pelo poder castrense não é objecto de referendo popular, perdendo-se, assim, a última oportunidade de mitigar o seu défice democrático original.
A Constituição de Abril, numa óptica substantiva, não emerge como a Lei Fundamental do Povo português globalmente considerado, mas como a Lei Fundamental do Povo de esquerda. Como a Constituição de uma parte dos portugueses, provavelmente já minoritária ao tempo da sua conclusão e decretação, contra todos os remanescentes portugueses.
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L. BARBOSA RODRIGUES
Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Professor Associado das Faculdades de Direito das Universidades Lusíada de Lisboa e do Porto

24 de abril de 2016

Dos fracos não reza a história

A SITUAÇÃO DEPLORÁVEL DO ESTADO DA NAÇÃO

O Estado, ao invés de defender a Nação, vem-se tornando progressivamente no seu principal inimigo, desprezando as suas reais necessidades. Este monstro, que engordou mais do dobro numa geração, é uma verdadeira trituradora de impostos, coerciva e totalitária, que exige cada vez mais e oferece cada vez menos, e, enquanto isso, transfere a nossa soberania e entrega ao desbarato os sectores vitais para o nosso desenvolvimento, hipotecando assim o nosso futuro.

A Fiscalidade é injusta, asfixiante e surrealista, impeditiva de qualquer empreendedorismo ou até mesmo da sobrevivência digna das famílias.
A Justiça, desvirtuada da sua nobre função e prostituída às mãos de criminosos, de corruptos e de toda a sorte de tratantes impunes, só serve os interesses dos poderosos.
O interior do país, votado ao abandono, morre progressivamente devido a políticas economicistas criminosas, que levam ao encerramento de serviços administrativos e da actividade económica.
As fileiras do desemprego não param de crescer, ameaçando a todos.
A Família é desprezada e os seus valores destruídos. Infelizmente, parece que alcançámos, em pleno século XXI, os maiores índices de emigração de sempre, já que os portugueses são obrigados a partir para obter o sustento que a Pátria lhes nega.
Em simultâneo, a imigração em massa tem provocado a redução gradual dos salários, degradado o “ambiente social” e ameaçado a identidade nacional.
A criminalidade violenta alastra pelo país inteiro, com grande impunidade.
Aumentam de modo alarmante os problemas sociais.
Os subsídios e rendimentos são usados como esmola, com vista a manter boa parte da população calada e temente ao Estado.
Tudo isto implica um gigantesco custo social, bem como económico, a suportar pelos portugueses que trabalham.
A pobreza alastra numa sociedade onde três em cada cinco crianças estão sujeitas a privações e carências, inclusive de ordem básica. O mesmo cenário junto dos idosos, onde a escolha, em muitos casos, é entre alimentação ou a medicação.

20 de abril de 2016

Banca. Que futuro?

Acabámos de assistir a mais um banco (BPI), que passou a ser dominado por um grupo financeiro espanhol. Assim, “nuestros hermanos” passaram a mandar em pouco mais de 80% do mercado bancário português.
Isto aconteceu por imposição clara da UE, antes da crise financeira internacional. A banca portuguesa tinha uma taxa de rentabilidade excelente e todo o sistema bancário português gozava de boa saúde.
Com a crise financeira deu-se o “apertar da malha” no mercado financeiro e as debilidades foram surgindo principalmente porque, propositadamente, a UE em plena crise começou a aumentar as exigências de capitalização da banca, subindo exponencialmente os rácios de capital exigido.
Este aumento de exigência, sob a capa de garantir que os bancos aguentam as crises, foi feito na pior altura, quando já estavam a suportar grandes adversidades, assegurando, desta forma, que os bancos mais pequenos dos países periféricos, para poderem passar nos testes de “stress”, fossem obrigados a recapitalizar-se no mercado e, assim, acabassem progressivamente comprados por grupos maiores.
Para completar o quadro, em diversas situações, a UE proibiu soluções que poderiam atrasar a integração da banca portuguesa na espanhola, como a integração do BANIF na CGD ou a entrada da Isabel dos Santos no capital do BCP.
Assim, a UE empurrou a banca portuguesa para os braços da espanhola e como não conseguem comprar a CGD, estão a tentar reduzir a sua dimensão ao máximo, estando, neste momento, a procurar impedir a recapitalização da CGD por parte do Estado, considerando que é uma ajuda pública ilegal.
Se o único accionista não pode capitalizar a CGD, caso ela necessite de capitalização, que poderá ser feito? Terá de ser privatizada! Isto é uma tentativa da Comissão Europeia de obrigar o Estado português a privatizar a CGD e essa tentativa tem de ser travada! Temos de salvar o único banco que ainda é português!
No presente caso do BPI, como ele estava a resistir muito ao controlo internacional, o BCE (que passou a mandar nos bancos portugueses, em vez do BdP), resolveu que o banco tinha uma excessiva exposição a um mercado considerado de risco, i.é., o mercado angolano. Assim, obrigou o BPI a perder a sua “jóia da coroa”, o BFA – Banco de Fomento de Angola, que desde há uns anos era o activo que mais lucro dava. E obrigou a “La Caixa” a comprar as acções que Isabel dos Santos tinha do BPI ficando como accionista maioritário.
Mesmo que se tenha reservas em relação à Isabel dos Santos e à origem do seu dinheiro, sempre seria uma accionista não-espanhola.
De qualquer forma, não se pode pensar que a banca espanhola esteja bem. Não, pelo contrário, tem tido grandes problemas.
Não se pense que a UE está a ajudar a banca espanhola. Aquilo que se pretende é favorecer a concentração bancária. O objectivo é que os maiores grupos da Península Ibérica comprem todos os pequenos bancos, para que os grandes grupos financeiros adquiram esses grupos e assim controlem todos os bancos. Esta estratégia é para ser seguida em todas as “regiões”. A ideia é concentrar todo o poder financeiro do mundo em três ou quatro grupos.
                        http://www.pnr.pt/

19 de abril de 2016

Palhaçada!


Inauguração de Praça Hugo Chávez na Amadora envolta em polémica.
Nome do antigo presidente venezuelano foi atribuído a praça na Amadora e está a ser contestada nas redes sociais.

As críticas começaram a surgir quando a Câmara da Amadora publicou as fotografias do evento no Facebook. Muitos comentários questionam o porquê da homenagem. “É preciso ter lata para dar tal nome a uma praça. É um desrespeito pelos venezuelanos e pela maioria dos portugueses que se envergonham de ter uma praça com este nome. Ridículo, insultuoso, assustador!”, pode ler-se num dos comentários.

Município da Amadora no facebook:


Foi esta manhã descerrada a placa toponímica Praça Hugo Chávez, na freguesia de Alfragide, durante uma visita do Embaixador da Venezuela em Portugal, o General en Jefe Lucas Rincón Romero. A convite da Presidente da Câmara Municipal, Carla Tavares, a delegação da embaixada visitou ainda a EB1/JI Alto do Moinho, onde teve oportunidade de assistir a uma aula de cordas da Orquestra Geração, um projeto centrado na ação e desenvolvimento social através da música, que se inspira no Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela.


Dia d'O Diabo!

1 de abril de 2016

Rúgido à família sportinguista

«Onde é que já vi isto?»

Quem nasceu no final dos anos setenta, início de oitenta, terá certamente assistido à ascensão do porto de terceiro grande a detentor da hegemonia do futebol português, entre 1994-2013. No espaço de 19 anos, o clube da fruta ganhou o campeonato por 14 vezes, a que juntou uma liga dos campeões, uma taça UEFA e uma Liga Europa.
A forma como os portistas atingiram o patamar mais alto do nosso futebol recente deveu-se a um conjunto de circunstâncias que foram resumidas na palavra “sistema”. O “sistema” consistia, grosso modo, em dois tipos de controlo: directo, através do domínio de sectores-chave do dirigismo futebolístico, como o conselho de arbitragem e de disciplina. Indirecto, através do poder económico, plasmado no aparecimento e ascensão meteórica da OLIVEDESPORTOS, que monopolizou a gestão dos direitos televisivos de todos os clubes profissionais de futebol, do qual dependiam para gerir os seus orçamentos deficitários. A eficácia do sistema ficou demonstrada ao longo dos vários anos em que funcionou: arbitragens parciais e tendenciosas em jogos-chave do campeonato, nomeadamente no início da época, quando as equipas ainda não estão a jogar a 100%, e nos jogos grandes, ainda sem a cobertura mediática dos dias de hoje. Jogos absurdamente fáceis contra a maioria dos clubes ditos “pequenos” do nosso campeonato, cujo maior exemplo era o Salgueiros, equipa que fazia a vida negra a benfica e Sporting mas acabava sistematicamente goleada pelo porto. Com a competição caseira completamente controlada, os portistas podiam-se virar para as provas europeias, bem folgados, o que em parte explicava o seu sucesso na Europa, com o respectivo retorno financeiro.
O apito dourado pôs a nu as engrenagens do sistema portista, devidamente esmiuçadas pela comunicação social, criando um vazio no poder. Mas em vez de assistirmos à moralização do futebol português, o que vimos foi o assalto lampião ao poder, completamente branqueado pela comunicação social, transformada em máquina de propaganda encarnada.
O déjà vu que hoje passa diante dos meus olhos é este: uma equipa que continua a ser beneficiada em momentos chave da época, graças ao domínio que hoje tem nas instituições, como o conselho de arbitragem. Uma equipa que passeia nos jogos contra as equipas “pequenas”, obtendo vitórias fáceis onde outros têm de correr 90 minutos para segurar uma vitória pela margem mínima. O facto de alguns destes clubes “pequenos” terem assinado o seu acordo de venda dos direitos televisivos no gabinete do presidente do benfica, não será mera coincidência. A boa campanha europeia benfiquista nesta época, em parte devida à sorte de não ter defrontado equipas fortes, também se deve à folga obtida nas competições internas, ajudando a reconstruir o mito portista de “se somos beneficiados cá dentro, como é que estamos entre os melhores lá fora?”
Ao controlo das instituições futebolísticas e do poder económico sobre os clubes pequenos, este novo sistema benfiquista – inspiradamente baptizado como “estado lampiânico” – juntou um outro, que o portista nunca conseguiu dominar: o da manipulação da opinião pública, manifestado pela forma sincronizada como os seus painéis de comentadores cantam o coro do são gabriel ou, mais maquiavelicamente, como os jornaleiros “isentos” defendem o benfica e atacam os seus rivais directos, em especial o Sporting. Juntem a isto os porcos giles que proliferam nas redes sociais, a coberto da falsa capa de “adepto isolado”, e temos o anel de ferro encerrado em torno do futebol português.
O sucesso portista entre 1994 e 2012 também se deveu à falta de combatividade, cobardia e mesquinhez que grassava dentro das direcções dos seus rivais. Assim se explica como o mais pequeno dos grandes clubes portugueses teve sucesso durante tanto tempo seguido. O sucesso benfiquista dependerá igualmente da forma como os seus rivais reagirão à sua ascensão. Do lado do porto, a tendência parece ser de declínio, entre um presidente já em decadência, rodeado de uma clique belicosa e sedenta de poder, mas com um défice orçamental galopante, lembrando o benfica dos anos 90. E do nosso lado como será? Esta é a questão que temos de colocar a todos nós, enquanto adeptos e sócios sportinguistas. Se queremos voltar a ver um filme que já vimos. Ou não.

«Defender o direito a sermos Sporting»

Imaginem dois exércitos num campo de batalha prestes a defrontarem-se. Agora coloquem no lugar de general do exército de uniforme verde e branco, Bruno de Carvalho e do lado oposto, a chefiar as hostes vermelhas, Luís Filipe Vieira.
Imaginem agora que tipo de exércitos tem cada um à sua disposição. Do nosso lado, uma imensa massa de bravos guerreiros, motivados, leais. Do lado oposto uma horda disforme, grande em número e não menos grande na arrogância. Aos comandos de Vieira estão também várias baterias de artilheria pesada, jornais, revistas, tv´s com o stock bem abastecido de projeteis, um misto de contrainformação e análises tendenciosas. Mesmo ao lado dos canhões, um batalhão de cavalaria que conta com dezenas de figuras públicas onde se incluem ex-dirigentes, ex-treinadores, políticos e advogados, economistas e juízes, todos alimentados com espaço mediático a fugir de longe ao soldo de “militar” convencional. Para finalizar e lá bem para trás no alinhamento das tropas, uma divisão de elefantes com a bandeira de vários empresários de jogadores e empresas de “gestão de carreira de atletas”.
Viramos o foco e atrás de BdC, quem se apresenta ao lado dos adeptos guerreiros? Os ex-dirigentes há muito que mudaram de lado. Excetuando Sousa Cintra, os que não vivem em “conventos” votados ao silêncio não se querem juntar às tropas, preferindo a neutralidade e viver para próximas batalhas (deixando outros leões à sua sorte – que bela forma de explanar um elitismo espetacularmente idiota). Artilharia? Pouca e com alcance muito curto. O jornal do Sporting, a Sporting TV e as redes sociais fazem o que podem, mas na hora de fazer estragos na opinião pública, a sua eficácia frente a 3 diários desportivos, 4 ou 5 estações de tv e outras redações de jornais generalistas diários é…menos comprovável. Além do mais, muitas figuras públicas que vivem do seu estatuto mediático preferem não se comprometer com o apoio a BdC, os jornais, rádios e tv´s pertencem a grupos económicos e estes por sua vez pertencem a outras redes de investimentos que há muito se comprometeram com grupos de interesse que por exemplo apoiam muitas das empresas que inscrevem o seu nome nos relatórios e contas do clube encarnado.
Meus caros guerreiros, não estamos ao lado do nosso Presidente por sermos facilmente arregimentados para lutas inglórias, por sermos colocados no terreno de batalha para fins muito semelhantes ao do nosso rival ou porque seguimos a bandeira do Leão mesmo que nos leve por maus caminhos. Não. Se escolhemos estar nesta posição é porque acreditamos que existe um confronto a ser realizado que será inadiável. Duas visões de desporto. Duas formas de obter o sucesso. E acreditamos que a nossa é igual à da nossa Direção. A de quem não está disposto a prejudicar o clube para que este vença. A que “compra” apoios à custa do bom nome da instituição. A que hipoteca o futuro em nome do presente. A que não está disposta a enfrentar a igualdade de direitos competitivos, preferindo usar a sua dimensão para fazer inclinar os terrenos de jogo. A que cria castas entre os adeptos, onde uns comem e os outros dão de comer. A que menospreza os seus próprios adeptos com manobras de garrafão e sandes de chouriço, realidade alternativas que escondem contas mal feitas e prejuízos hiperbólicos por debaixo de um tapete que se confunde com a cumplicidade de um regime ditatorial prestes a explodir de tantas mentiras.
Enquanto Bruno de Carvalho e restante Direção for a oposição a tudo isto, eu e vocês, todos nós adeptos estaremos lá no campo de batalha, orgulhosamente ao seu lado. Até agora, com mais ou menos erros, mais ou menos inexperiência, precipitação ou pura falta de capacidade de pactuar com esquemas…o nosso general tem sido fiel ao nosso apoio, mas é precisamente a razão do nosso compromisso com ele que torna impossível a presença de cavalarias, artilharias e outras “unidades especiais”. É este não pacto com os “interesses”, os “status quo”, os “sistemas” e outros polvos de longos tentáculos que nos isola num exército sem obuzes, raides de sabre ou demolições paquidermes. É a real politik dos mais favorecidos, numa sociedade podre de silêncios e alinhamento por share, audiência ou target…que nos faz depender da coragem quase inglória de nós, soldados a pé, para fazer avançar a nossa bandeira. E meus caros, as nossas cores só poderão crescer e cumprir o seu desígnio enfrentado quem vê esse caminho como ameaça ao seu próprio regime.
Tempos houve em que era respeitado o espaço e a meritocracia dos clubes em poderem ser campeões. O contrato era simples, o melhor ganha. Não o maior, o mais influente, o mais rico ou o mais trapaceiro. Mas sim o que formava ou adquiria (por custas próprias) os melhores atletas, o que garantia os melhores treinadores, o que elegia os líderes mais sagazes, honrados e corajosos. O que tinha os adeptos mais fervorosos e leais. Esse compromisso acabou com a ascensão e auge de Pinto da Costa e modernizou-se na podridão com Vieira. A luta do Sporting, a batalha de BdC, as eternas indignações de nós adeptos não são espasmos de quem não aceita perder porque é mais fraco, mas sim os gritos mais ferozes de um sentimento de direito a que nos recusamos abdicar. O de sermos mais fortes.
Nesta época é por demais evidente que somos nós adeptos que temos suportado este presidente, esta direção, este treinador e esta equipa. Somos nós que temos sido carne para ajudar a combater todos os jornais, tvs, elefantes, cavaleiros com ou sem cabeça, snipers ou balas de canhão arbitrárias e arbitrais. Somos nós a força e alma deste exército. Os “pensadores ajuizados”, os “artistas do compromisso”, os rostos e vozes das televisões, as penas finais e elegantes, esses estão nos camarotes…olham para nós no terreno de batalha e apostam na nossa derrota e riem-se, desbragadamente troçam da nossa coragem, fazem piadas sobre a generosidade da nossa comparência, na nobreza dos nossos cânticos e de comos estamos no Minho, como na Madeira ou no Restelo…riem-se e observam de longe a luta. Se perdermos tanto melhor, pois comerão na mesa do rival vitorioso com os mesmos sorrisos com que se virão juntar-se a nós se vencermos. Pois que virão se isso acontecer…e então sim, aparecerão todos em nobres desfiles em cavalos garbosos e luxuosamente decorados. Virão em paradas para tvs, fornais e rádios ouvirem e verem. Rodearão BdC com ofertas e provas da sua lealdade e promessas de apoio incondicional. Que o nosso presidente saiba cuspir nesses votos e entender que “nobres” são os que o provam ser nas alturas mais difíceis e não os que caem de paraquedas na hora de cantar vitória.
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